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Mercado do Boi Gordo Mantém Alta com Oferta Restrita e Preços Elevados

Arroba registra novos aumentos em meio à dificuldade de acesso a gado pronto para abate, segundo análise de especialistas.

Por: Redação Fonte: Redação
10/01/2025 às 07h00
Mercado do Boi Gordo Mantém Alta com Oferta Restrita e Preços Elevados
Oferta restrita de gado impulsiona preços da arroba no mercado físico, mantendo expectativas de alta nos próximos dias.

O mercado do boi gordo segue em alta, com a arroba registrando novos aumentos. A oferta restrita de gado neste início de temporada está impulsionando os preços, conforme apontado por uma análise da consultoria Safras & Mercado. Esse cenário reflete a dificuldade de acesso a animais prontos para abate, o que continua a pressionar o mercado para cima.

Nesta quinta-feira (9), o mercado físico do boi gordo registrou mais um dia de elevação nos preços. A contínua escassez de oferta de gado para abate tem sustentado a alta, o que reflete a pressão sobre o mercado, mesmo com as flutuações sazonais típicas do período.

A expectativa é que os preços sigam em tendência de alta, com a oferta restrita favorecendo os vendedores. No entanto, a dinâmica de mercado dependerá da evolução da demanda e das condições climáticas que podem afetar o desenvolvimento do gado. O comportamento do mercado continua a ser monitorado de perto por analistas e pecuaristas, que buscam entender os próximos movimentos da indústria.

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De acordo com Fernando Henrique Iglesias, consultor da Safras & Mercado, a oferta de gado segue bastante restrita neste início de temporada. A escassez de animais disponíveis para o abate tem impulsionado a alta nos preços do boi gordo, refletindo um cenário de demanda aquecida e oferta limitada.

Iglesias destaca que, embora a tendência de aumento de preços seja observada, fatores como as condições climáticas e a evolução da demanda interna e externa podem influenciar a trajetória do mercado. A consultoria continuará monitorando o cenário de perto para fornecer insights sobre os próximos passos do setor.

Em várias regiões do Pará, Tocantins, Rondônia, Acre e Mato Grosso, produtores enfrentam desafios relacionados à qualidade das pastagens. A presença de pragas como a cigarrinha-da-pastagem e lagartas tem dificultado a engorda do gado, afetando negativamente a produtividade e aumentando os custos para os pecuaristas.

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Esses problemas com a qualidade das pastagens agravam ainda mais a escassez de oferta de gado, já que os animais demoram mais para atingir o peso ideal para o abate. A situação destaca a necessidade de ações de manejo eficazes e o controle de pragas para mitigar os impactos no mercado e na rentabilidade dos produtores.

Nas áreas onde as pastagens apresentam condições mais favoráveis, os pecuaristas têm adotado uma abordagem mais cautelosa nas negociações, ajustando o ritmo de vendas. Essa estratégia tem se mostrado eficaz, permitindo que os produtores aproveitem melhor as condições de mercado e otimizem seus lucros.

Ao cadenciar as transações, os pecuaristas conseguem controlar melhor os custos e maximizar os ganhos, aproveitando a escassez de oferta e os preços elevados. Essa postura cuidadosa tem sido uma medida inteligente em um cenário de oferta restrita e desafios climáticos.

De acordo com Fernando Henrique Iglesias, a dificuldade enfrentada pelas indústrias na formação de suas escalas de abate tem levado as empresas a reajustar os preços de forma constante. A escassez de oferta e os desafios logísticos geram pressão para que os valores do boi gordo continuem em alta.

Esse cenário reflete a tensão entre a indústria e os pecuaristas, com as indústrias tendo que aumentar os preços para manter a produção, enquanto os produtores se beneficiam da oferta restrita. O impacto dessa dinâmica ainda deve ser sentido nas próximas semanas, à medida que as negociações continuam a evoluir.

O mercado atacadista tem experimentado uma acomodação nos preços ao longo da semana, refletindo uma demanda mais fraca. Fernando Henrique Iglesias aponta que este é um período do ano com características de enfraquecimento da demanda, com os consumidores priorizando proteínas mais acessíveis.

O quadro é de preços mais estáveis, com cortes específicos mantendo seus valores: o quarto dianteiro a R$ 17 por quilo, o quarto traseiro a R$ 26,80 por quilo e a ponta de agulha a R$ 18 por quilo. A tendência é que esse cenário persista enquanto o comportamento do consumidor se adapta às condições econômicas atuais.

A previsão para os próximos dias ainda aponta para um mercado firme, com a oferta restrita sustentando os preços elevados. O setor espera que as vendas de carne sigam aquecidas, mas com um ritmo de produção ainda desafiador para os pecuaristas. A consultoria observa que a alta nos preços pode ser mantida, dependendo da continuidade dessa escassez de oferta e das condições de mercado nas próximas semanas.

Da redação Ponto Notícias

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