Terça, 21 de Janeiro de 2025
21°C 28°C
Palmas, TO
Publicidade

Picanha e Outras Cortes de Carne Bovinas Registram Aumentos Significativos em 2024

Com a maior alta desde 2020, o preço de cortes como picanha, alcatra e acém dispara no mercado brasileiro.

Por: Redação Fonte: Redação
10/01/2025 às 23h00
Picanha e Outras Cortes de Carne Bovinas Registram Aumentos Significativos em 2024
O aumento nos preços das carnes afetou diversos cortes, com destaque para a picanha, que ficou 8,7% mais cara no último ano.

O cenário atual da carne bovina no Brasil revela um cenário onde a promessa de preços mais acessíveis para cortes como a picanha não se concretizou. A alta nos preços da carne, que começou a se intensificar no último ano, continua afetando o mercado. O corte de picanha, por exemplo, sofreu um aumento de 8,7% em 2024, refletindo uma tendência que atinge diversos outros tipos de carne, o que implica que o consumidor agora terá que pagar um valor mais elevado por um produto essencial nas refeições brasileiros.

Com as promessas de preços mais baixos não sendo cumpridas, a realidade é que os consumidores se deparam com preços mais altos do que o esperado, em especial para as carnes nobres. A picanha, tão querida pelos brasileiros, se tornou um produto ainda mais caro, e a previsão é que esse aumento persista. Para quem espera uma recuperação nos preços, o mercado continua a apontar uma trajetória de alta, o que gera preocupação quanto ao impacto no poder de compra das famílias e nos custos gerais de alimentação.

O preço da picanha, frequentemente mencionado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em suas campanhas, teve um aumento de 8,7% em 2024. Esse índice marca o maior crescimento dos últimos três anos, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Continua após a publicidade

Em 2021, o preço da picanha atingiu seu pico, com um aumento de 17%, impulsionado pela crise gerada pela pandemia de coronavírus. Contudo, essa alta foi rapidamente controlada, e em 2022, com a situação da saúde mais estabilizada e a recuperação econômica, o valor do corte nobre sofreu uma redução significativa. No último ano do mandato de Jair Bolsonaro, o preço da picanha praticamente se manteve estável, com uma variação mínima de apenas 0,5%.

Em 2024, o preço das carnes bovinas teve um aumento generalizado, afetando diversos cortes. A alcatra subiu 21%, o contra-filé registrou um aumento de 20,1%, e o peito teve uma alta de 20,2%. A costela aumentou 21,3%, enquanto o lagarto subiu 22,8%. A pá teve uma alta de 22,9%, o patinho aumentou 24,1%, e o acém foi o corte com o maior aumento, chegando a 25,2%. O aumento médio do preço da carne bovina foi de 20%, marcando a maior alta desde 2020.

Apesar dos aumentos constantes, a carne brasileira continua a ser uma das principais exportações do país, se destacando pela qualidade que a coloca como uma das mais requisitadas no mercado internacional. O setor produtivo tem se esforçado para garantir padrões de excelência e um produto que atenda a altos critérios de exigência. A carne brasileira, com destaque para os cortes premium, como a picanha, é reconhecida globalmente pela maciez e sabor, o que a torna uma das maiores restrições do produto nacional.

Continua após a publicidade

Esse reconhecimento internacional é resultado de um trabalho consistente no aprimoramento da produção de carne, incluindo a adoção de melhores práticas na alimentação dos animais, controle sanitário específico e processos de manejo que garantem um produto de alta qualidade. Além disso, a certificação de exportação e o cumprimento das normas internacionais de segurança alimentar fazem da carne brasileira uma referência no mundo, elevando sua privacidade e competitividade.

Com a carne brasileira ocupando um papel de destaque nas exportações, especialmente em mercados como os Estados Unidos, China e Europa, o Brasil continua sendo um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo. No entanto, os consumidores internos enfrentam os efeitos de um mercado cada vez mais voltados para o exterior, onde os preços mais altos refletem não apenas a demanda externa, mas também os custos de produção que aumentaram significativamente nos últimos anos.

Da redação Ponto Notícias l Marcos Melo

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Lenium - Criar site de notícias