Os dados apresentados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontam que, em 2024, o segmento de equipamentos utilizados na agricultura comercializou cerca de 48,9 mil unidades no mercado atacadista. Este volume representa uma redução significativa, de quase 20%, em relação ao desempenho alcançado no ano anterior.
A redução foi mais acentuada no mercado de máquinas destinadas à colheita, enquanto os equipamentos para preparo do solo tiveram impacto menor, segundo a análise da associação. Para 2025, a previsão é de manutenção dos níveis atuais, sem expectativa de crescimento. A entidade destaca que uma recuperação dependeria de uma estratégia sólida no âmbito do Plano Safra, conforme mencionado em comunicado oficial.
As vendas externas de equipamentos agrícolas apresentaram uma retração de 31%, com o embarque de aproximadamente 6 mil unidades. De acordo com as estimativas da entidade, o crescimento para o próximo período será modesto, com aumento projetado em apenas 1%.
A principal preocupação atualmente está voltada para o aumento das importações. O crescimento expressivo das compras externas transformou o superávit em um déficit na balança comercial, situação que se agravou em 2024, quando o déficit duplicou em relação ao ano anterior, conforme apontado pelo presidente da Associação, Márcio de Lima Leite.
A preocupação é respaldada pelos dados, que revelam que mais da metade das máquinas adquiridas no exterior têm origem na China, representando 55%, enquanto 26% vêm da Índia. Além disso, a participação da China nas importações de equipamentos para a América Latina aumentou de 7,7% para 12,7%.
A crescente presença de máquinas importadas nas compras governamentais, especialmente por empresas com menos de 20 funcionários, é uma preocupação significativa, segundo Leite. Ele enfatiza que isso impacta negativamente o mercado de trabalho no Brasil, a competitividade das empresas locais, a inovação e a qualidade no atendimento ao cliente. A falta de uma rede confiável para assistência técnica resulta em prejuízos para todos no país, conclui o presidente.
Diante dos desafios enfrentados pelo setor, a Anfavea apresentou sua agenda de prioridades para 2025, com seis objetivos principais:
O setor de máquinas agrícolas no Brasil enfrenta um cenário desafiador em 2024, com uma queda acentuada nas vendas e um aumento significativo nas importações. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o volume de unidades comercializadas caiu 19,8% em comparação ao ano anterior, um reflexo das dificuldades econômicas que impactam diretamente a competitividade e a sustentabilidade das empresas locais. A situação é ainda mais preocupante devido ao crescimento das máquinas importadas, especialmente da China e da Índia, que têm conquistado uma fatia crescente do mercado nacional.
Essa dinâmica adversa gerou um déficit na balança comercial de máquinas agrícolas, transformando o que antes era um superávit em um cenário negativo para a economia do setor. A Anfavea, em sua análise, destaca que a recuperação do segmento dependerá de políticas públicas consistentes, como uma reforma no financiamento e no Plano Safra, além de estratégias de incentivo à inovação e à reindustrialização. Em resposta, a associação delineou um conjunto de ações prioritárias para 2025, com o objetivo de reverter os índices negativos e garantir um ambiente mais competitivo para as empresas nacionais.
Da redação Ponto Notícias l Com informação Victor Faverin