A Folha de S.Paulo indica que o verdadeiro déficit do governo de Luiz Inácio Lula da Silva é superior ao que os relatórios oficiais apontam. A administração federal afirma ter reduzido a diferença entre suas receitas e despesas primárias para 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, o que corresponderia a aproximadamente R$ 11 bilhões. Embora o governo destaque esse número como uma melhora em relação ao ano anterior, quando o déficit foi de 2,4%, o jornal sustenta que os dados reais indicam uma piora significativa na situação fiscal do país durante a atual gestão.
A Folha de S.Paulo alerta que o governo de Lula tem utilizado técnicas para manipular gastos e receitas, o que, embora melhore temporariamente as contas públicas, pode colocar o país em risco de uma crise econômica. O jornal aponta que, desde o fim do segundo mandato de Lula, essas práticas têm se tornado mais frequentes, com o intuito de manipular o Orçamento de forma a inflar receitas, esconder despesas e contornar limites legais. Em resposta a essas distorções, especialistas passaram a adotar métodos de cálculo mais detalhados para analisar os balanços do Tesouro, buscando remover os efeitos dessa "contabilidade criativa".
De acordo com a Folha de S.Paulo, o governo Lula excluiu cerca de R$ 30 bilhões das contas públicas, relacionados a despesas extraordinárias para lidar com desastres climáticos. Caso esse valor fosse incluído, o déficit teria aumentado em 0,9%. O jornal destaca que, ao analisar os números, é evidente que o rombo fiscal piorou significativamente durante a gestão petista, com um déficit de 2% no primeiro ano de governo e uma previsão de 1,16% nos três primeiros trimestres de 2024.
O editorial da Folha de S.Paulo aponta que, de maneira clara, a administração do governo Lula teve um aumento significativo nos gastos públicos logo no início, o que resultou em inflação e juros mais altos. A publicação afirma que, embora tenha havido uma melhora em comparação com o cenário crítico de 2023, isso não representa um avanço real para o reequilíbrio fiscal. O texto alerta que, sem ajustes mais profundos e rápidos, o governo pode levar o país a uma crise econômica.
Da redação Ponto Notícias l Com informação Folha de São Paulo