A partir do início de fevereiro, os condutores brasileiros enfrentarão um aumento nos custos de abastecimento. Isso ocorre devido à elevação do imposto estadual aplicado sobre os combustíveis, que afetará diretamente os valores da gasolina, etanol, diesel e biodiesel, gerando apreensão sobre o impacto no custo de vida e na inflação.
Os novos valores do imposto estadual sobre combustíveis serão adicionados ao preço final em todo o Brasil.
De acordo com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz), a medida busca alinhar o sistema tributário às variações do mercado e promover maior estabilidade fiscal no país.
O aumento nos preços dos combustíveis terá reflexos que vão além do custo direto de abastecer veículos, afetando toda a cadeia de produção e transporte de bens e serviços. Esse cenário contribui para uma alta generalizada nos preços, com impacto direto na inflação.
Com o índice inflacionário já acima do limite estipulado, medidas mais rígidas por parte do Banco Central, como a elevação das taxas de juros, são prováveis, resultando em potenciais desafios para a expansão econômica.
A Petrobras, apesar de não seguir mais o Preço de Paridade Internacional (PPI), mantém uma diferença expressiva entre os valores domésticos e o mercado global. Essa lacuna afeta tanto os consumidores quanto a competitividade do setor.
De acordo com a Abicom, o diesel apresenta uma defasagem de 85 centavos por litro (24%), enquanto a gasolina está 37 centavos abaixo (13%) do preço internacional. Essa política reduz as margens de lucro no segmento de refino, transporte e comercialização da estatal, gerando desafios para sua sustentabilidade financeira.
Com o reajuste nos combustíveis, os consumidores podem adotar medidas práticas para minimizar os efeitos no orçamento. Planejar rotas eficientes, garantir a manutenção do veículo e considerar a prática de caronas compartilhadas são algumas alternativas para reduzir o consumo. Além disso, monitorar preços por meio de aplicativos pode ajudar a encontrar opções mais econômicas.
Embora a justificativa para o aumento no ICMS seja a busca por equilíbrio fiscal, o impacto será sentido de forma ampla, tanto pelos motoristas quanto pela economia como um todo. Esse cenário exige planejamento financeiro e a adoção de estratégias que ajudem a enfrentar os desafios trazidos pela elevação nos custos.
Da redação Ponto Notícias l Com informação Helena Serpa