A soma das receitas tributárias federais alcançou um patamar sem precedentes em 2024, totalizando R$ 2,71 trilhões, de acordo com informações recentes divulgadas pela Receita Federal. Este número reflete um aumento significativo em relação ao ano anterior e marca o maior valor registrado desde o início do acompanhamento histórico.
Em comparação com 2023, quando o montante arrecadado foi de R$ 2,47 trilhões, o crescimento percentual foi de 9,62%. O desempenho em dezembro também se destacou, com arrecadação que atingiu R$ 261,2 bilhões, estabelecendo um novo marco para o mês e superando o mesmo período do ano anterior em termos de crescimento real.
Comparando com o mês anterior, novembro, que registrou R$ 209,218 bilhões em receitas federais, houve uma expansão significativa de 24,23% em dezembro, já ajustada pela inflação. Este avanço reforça o impacto da gestão tributária sobre a arrecadação no final do ano.
Para mais informações e detalhes relacionados, explore outras análises e notícias disponíveis.
Os principais elementos que contribuíram para esse acréscimo incluem a evolução positiva dos indicadores econômicos, o aumento expressivo na arrecadação de PIS/Cofins, especialmente no setor de combustíveis, e o avanço significativo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Esses tributos tiveram um crescimento de 14,84%, impulsionado, em grande parte, pela alta de 14,93% na arrecadação baseada na estimativa mensal.
Adicionalmente, o incremento na tributação de fundos exclusivos e a atualização do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre offshores desempenharam um papel relevante no aumento da arrecadação, adicionando R$ 13 bilhões e R$ 7,67 bilhões, respectivamente. O montante arrecadado ao longo do ano, sem ajustes inflacionários, atingiu a marca de R$ 2,65 trilhões.
Nos últimos anos, o aumento na arrecadação de impostos, mesmo batendo recordes históricos, não parece ter se traduzido em melhorias concretas para a população. Com o volume significativo de tributos recolhidos, esperava-se maior investimento em infraestrutura, saúde, educação e outras áreas essenciais. No entanto, a percepção de muitos é que os serviços públicos continuam deteriorados, e obras relevantes que beneficiem o país como um todo são praticamente inexistentes, gerando frustração e desconfiança sobre a gestão desses recursos.
A comparação com períodos anteriores, quando havia redução de tributos e melhorias visíveis em algumas áreas, intensifica o questionamento: para onde está indo o dinheiro arrecadado? Apesar da justificativa de ajustes fiscais e equilíbrio das contas públicas, a realidade enfrentada pela população não reflete esses objetivos. A ausência de transparência e resultados práticos reforça o sentimento de que o peso tributário está cada vez maior, enquanto o retorno para a sociedade continua insuficiente.
Da redação Ponto Notícias