Quando o assunto é proteína animal, o Brasil está entre os maiores produtores do planeta e certamente será um dos responsáveis por garantir que mais de 9,7 bilhões em 2050 de habitantes se alimente até 2050. No caso da carne bovina, de acordo com o USDA, Estados Unidos, Brasil e China, respectivamente, lideram o ranking de países produtores. Somados, os volumes das três nações representam mais da metade de toda a carne bovina produzida no mundo.
A produção brasileira atualmente é de 11,9 milhões de toneladas, representando cerca de 19,5% do total mundial. É também o maior exportador global dessa proteína e esse protagonismo se consolidou graças à união dos produtores e das agroindústrias, que investem constantemente em processos, pessoas e tecnologias, desenvolvendo produtos de alta qualidade de forma sustentável.
Entre as responsáveis por esse avanço estão empresas como a multinacional RAMAX-Group. Com sede no Brasil e operações na China, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Líbano e em outros mercados estratégicos, o grupo se consolidou como uma das principais tradings nacionais, responsável por transformar pequenos e médios produtores de carne em players globais, conectando-os aos maiores e mais exigentes mercados do mundo.
Sua atuação é estruturada na divisão: Global e Ramax. A primeira contempla os negócios de Import & Export (exportação para todos os países exceto China e Estados Unidos; Unifood (exportação exclusiva para a China via plataforma LinkinFresh) e a Ramax Foods USA (exportação e distribuição exclusiva nos EUA).
Já a frente de negócios Ramax contempla a Ramax Feedlot (operação de confinamento em Mato Grosso; Ramax Slaughterhouse (operação frigorifica em MT e outros estados brasileiros) e a Ramax Brasil (Produção para o mercado interno + garantia de abastecimento para o mercado externo). “Com a nossa expertise geramos oportunidades a todos os elos da cadeia produtiva. Por meio de parcerias, auxiliamos os pequenos produtores ou frigoríficos a se tornarem fornecedores internacionais”, destacou, Magno Alexandre Gaia, CEO da Ramax Group.
A empresa disponibiliza aos parceiros um suporte completo, que conta com uma consultoria rigorosa para identificar e corrigir problemas seguindo todos os padrões internacionais para que seja habilitada a exportar. “Cuidados de toda a parte burocrática para tornar o parceiro apto, além, disso, orientamos quanto a importação e compra de insumos, atenção com a logística e documentação aduaneira, estocagem, soluções financeiras, marketing e ainda gestão do confinamento, garantindo segurança no pagamento e na entrega do produto ao destino final”, detalhou o executivo.
Desempenho em números
Em 2024, a empresa confinou 35 mil cabeças de gado e para este ano a projeção é engordar 45 mil bois. O faturamento da Ramax também vem evoluindo, passando de R$ 1,2 bilhão em 2023 para R$ 1,4 bilhão em 2024. “Queremos atingir mais de R$ 2 bilhões em 2025, e sei que podemos ir além. Porém, o nosso objetivo é fazer bem feito cada processo para que os resultados sejam saudáveis”, confidenciou o CEO.
Com escritório sede no polo empresarial de Alphaville, em São Paulo, a Ramax Group possui parceria com o Bon-Mart Frigorífico de Presidente Prudente/SP, além de filiais no estado de Mato Grosso nas cidades de Guarantã do Norte, Xinguara e Juara. “A nossa intenção é ir para mais duas operações em MT e uma outra no Pará. O plano é ter mais quatro unidades em três anos”, adiantou Gaia.
Ainda segundo o CEO, a unidade de Juara é especial. Ela foi construída com um modelo de negócio para ser referência nacional na parte sanitária, em rastreabilidade, processos, sistemas e gestão. “A nossa ideia é ter esse modelo bem estruturado e muito bem definido para que seja replicável às nossas outras unidades”, afirmou.
Transparência e compromisso com a verdade
Transparência é um dos valores que está no DNA da RAMAX-Group e em todas as suas negociações e negócios. Somente com ética e compromisso com a verdade que uma empresa que foi iniciada do zero torna-se um grande player global. Portanto, em todas as operações o grupo segue à risca as obrigações contratuais e legais.
Recentemente esse compromisso com a verdade e a transparência foram reafirmados e reconhecidos. Após dois anos de litígio, a Ramax Pará Ltda. (“Ramax”) comunicou ao mercado a vitória importante diante da recente decisão proferida no âmbito do procedimento arbitral nº A-457/24, administrado pela Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial – Brasil (CAMARB), em disputa com o FTS – Frigorífico Tavares da Silva Ltda., atualmente em processo de recuperação judicial.
O Tribunal Arbitral reconheceu sua competência exclusiva para deliberar sobre todas as controvérsias oriundas do contrato de industrialização por encomenda celebrado entre a Ramax e o FTS. O tribunal concluiu que, mesmo diante do estado de recuperação judicial do FTS, a cláusula compromissória do contrato permanece plenamente válida, uma vez que o acordo foi firmado com conhecimento dessa condição.
Essa decisão representa um marco importante na resolução das disputas contratuais entre as empresas, que envolvem uma série de ações judiciais e arbitrais desde abril de 2023. “A Ramax sempre atuou com transparência e responsabilidade em suas relações comerciais, buscando preservar o compromisso com seus parceiros e o cumprimento das obrigações contratuais”, detalhou o CEO.
De acordo com o advogado William Martinez, sócio do escritório Martinez & Associados, que representa a Ramax nas ações contra a FTS, a tentativa da FTS de levar a discussão para o juízo de sua Recuperação Judicial, além de ilegal, representou um grande prejuízo para a Ramax, tendo em vista decisões proferidas por um juízo “duvidoso”, sem o devido processo legal e contraditório. “A decisão proferida pelo tribunal arbitral, que reconheceu sua exclusiva competência para deliberar sobre as controvérsias do contrato, representou uma importante vitória após dois anos de intenso trabalho”, declarou Martinez.
Da redação Ponto Notícias l Kassiana Bonissoni