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Vassoura-de-bruxa da mandioca é detectada e Brasil

Equipe técnica do Mapa, Embrapa e outros órgãos se reuniu para definir ações de defesa que diminuam os impactos da nova doença

Por: Redação Fonte: Redação
05/02/2025 às 07h00
Vassoura-de-bruxa da mandioca é detectada e Brasil
A portaria valerá por um ano, visa reforçar as medidas de prevenção e evitar a dispersão da praga para outras áreas de cultivo.

A pasta responsável pelo setor agropecuário anunciou uma situação de alerta fitossanitário devido à ameaça de um surto causado por um fungo que afeta plantações de mandioca. A medida, válida por um ano, foi oficializada nesta terça-feira (30) por meio de uma portaria e tem como objetivo intensificar ações de controle nos estados do Amapá e Pará, prevenindo a propagação do problema para outras regiões produtoras.

A nova portaria prevê a criação de um grupo estratégico de resposta, reunindo órgãos públicos em diferentes níveis de governo e representantes do setor privado. Esse comando emergencial será responsável por coordenar as ações necessárias para conter a praga, garantindo que medidas eficazes sejam adotadas rapidamente. Assim como em situações de crise sanitária na saúde humana, a mobilização conjunta de especialistas e autoridades busca evitar danos mais amplos e proteger a produção agrícola das regiões afetadas.

A praga vassoura-de-bruxa, que afeta a mandioca, foi identificada pela Embrapa Amapá em plantios localizados em terras indígenas no município de Oiapoque, em agosto de 2024. Considerada uma praga quarentenária, ela tem o potencial de causar danos econômicos significativos à produção agrícola, principalmente devido à sua capacidade de se espalhar rapidamente. Até o momento da detecção, o fungo não havia sido encontrado em nenhuma outra região do Brasil.

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Os sinais da doença incluem o surgimento de ramos secos e deformados, o enfraquecimento das plantas com o desenvolvimento de brotos pequenos e frágeis nos caules. À medida que a doença avança, é comum que as folhas apresentem amarelamento, murchamento e secagem, além da morte das extremidades das plantas e uma morte gradual descendente.

A propagação do fungo pode ocorrer por diversos meios, como a utilização de material vegetal contaminado, ferramentas de poda não higienizadas e, possivelmente, a movimentação de solo e água. O transporte de plantas e produtos agrícolas entre diferentes regiões também representa uma grande ameaça, ampliando a possibilidade de disseminação da praga e elevando o risco de novos surtos em áreas ainda não afetadas.

No dia 29 de janeiro, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, junto com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e representantes da Embrapa, se reuniram com a equipe técnica dos dois ministérios para discutir estratégias de proteção fitossanitária visando mitigar os danos causados pela nova praga. Durante o encontro, o ministro Fávaro destacou a importância do sistema de defesa agropecuária do Brasil e reforçou o compromisso de enfrentar a situação com urgência e a máxima eficiência possível.

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Após a confirmação da presença da praga no Brasil, uma força-tarefa composta por equipes do Ministério da Agricultura, Embrapa, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) e o Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) iniciou ações no estado. O grupo está realizando uma varredura minuciosa na região, monitorando áreas de risco para identificar possíveis novos focos da doença e implementando medidas de contenção nas áreas já afetadas.

Da redação Ponto Notícias l Thiago Dantas

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