O Brasil, ao expandir sua participação no BRICS e apoiar a inclusão de novos países parceiros, pode enfrentar desafios em sua posição no cenário internacional. O bloco, ao se diversificar com novos membros, tem a chance de fortalecer seu papel no comércio global, mas isso pode significar um descompasso nas prioridades e interesses do Brasil. A ampla diversidade de nações pode gerar uma diluição de objetivos comuns, complicando a coordenação de ações e estratégias entre os países membros.
Além disso, a liderança do presidente Lula no BRICS, ao colocar uma brasileira no comando do grupo, pode gerar tanto benefícios quanto riscos. Embora tenha reforçado a presença do Brasil em uma posição estratégica, a condução de políticas dentro de um bloco tão heterogêneo pode tornar as negociações mais complexas. A tentativa de unificar as nações com interesses tão distintos pode resultar em tensões internas, com o Brasil precisando equilibrar suas próprias prioridades com os objetivos globais do grupo.
O líder norte-americano, Donald Trump, voltou a ameaçar impor uma tarifa de 100% sobre os membros de um grupo de países emergentes, caso esses países decidam avançar com a criação de uma moeda própria para substituir a moeda dos Estados Unidos. Em uma mensagem divulgada em sua plataforma social na quinta-feira, 30, o ex-presidente fez um aviso direto às nações envolvidas na iniciativa.
Trump ressaltou que as nações envolvidas não devem tentar criar ou apoiar qualquer tipo de moeda que possa competir com o dólar nos mercados internacionais. Ele afirmou que a imposição de tarifas seria a medida a ser tomada caso essas tentativas se concretizem, considerando-as como uma ameaça à estabilidade da moeda dos Estados Unidos.
Em sua declaração, o ex-presidente exigiu que os países aparentemente hostis comprometam-se a não desenvolver uma nova moeda ou apoiar qualquer outra que substitua o dólar. Caso contrário, ele advertiu que enfrentariam tarifas de 100% e perderiam o acesso ao mercado da economia dos Estados Unidos.
Trump também sugeriu que os países do bloco procurassem outro país para substituir a moeda norte-americana, afirmando que isso nunca seria possível. Ele reiterou sua postura, destacando que a tentativa de substituir o dólar não teria sucesso.
O ex-presidente já havia feito ameaças semelhantes em dezembro, antes de assumir seu cargo, mostrando uma postura firme contra qualquer movimento que desafiasse a hegemonia do dólar no comércio global.
Durante sua campanha para retornar à presidência, Trump se comprometeu a adotar uma política mais rigorosa com várias nações, elevando as tarifas de importação. Nos primeiros dias de seu mandato, ele anunciou que, a partir de 1º de fevereiro, aplicaria tarifas adicionais sobre produtos provenientes de países como México, Canadá e China.
O bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conhecido como BRICS, teve suas origens com a fundação da união entre os russos e as outras nações em 2009, com a inclusão da África do Sul em 2010. O nome do bloco se refere a essas cinco economias emergentes. Em 2023, mais países passaram a integrar o grupo, incluindo Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Em 2025, novas nações, como Belarus, Cazaquistão, Uzbequistão e Cuba, foram aprovadas para a categoria de “países parceiros”.
Além das nações mencionadas, outros países também se uniram ao grupo, como Bolívia, Malásia, Nigéria, Tailândia e Uganda. Embora os países parceiros do BRICS possuam um status inferior ao dos membros fundadores, eles têm permissão para participar das reuniões e discussões do bloco, contribuindo com suas perspectivas e interesses nas deliberações.
Da redação Ponto Notícias