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Declarações de Hugo Motta sobre 8 de Janeiro geram repercussão

Presidente da Câmara questiona classificação dos atos como tentativa de golpe e critica severidade das penas aplicadas aos condenados

Por: Redação Fonte: Redação
08/02/2025 às 14h30
Declarações de Hugo Motta sobre 8 de Janeiro geram repercussão
Hugo Motta durante entrevista em que comentou sobre os desdobramentos dos atos de 8 de janeiro

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que os atos de 8 de janeiro de 2023 não podem ser considerados uma tentativa de golpe de Estado. A declaração, feita durante entrevista a uma emissora de rádio da Paraíba, repercutiu amplamente nas redes sociais, onde recebeu apoio de diversos usuários. Motta destacou que, embora os ataques às instituições tenham sido graves, a ausência de liderança definida e o não envolvimento de instituições como as Forças Armadas descaracterizam a tese de golpe.

Além disso, Motta criticou o que considera um desequilíbrio nas penas aplicadas aos condenados pelos atos. Segundo ele, é necessário punir aqueles que cometeram crimes de depredação e vandalismo, mas sem aplicar penalidades excessivas a pessoas que não tiveram participação direta nos atos de violência. Para o parlamentar, a Justiça deve agir com rigor, porém de forma proporcional aos delitos cometidos.

O líder da principal casa legislativa do país afirmou nesta sexta-feira (7) que os eventos ocorridos em 8 de janeiro do ano passado não devem ser considerados uma ação para derrubar o governo. A declaração recebeu respaldo em plataformas digitais.

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Durante uma entrevista concedida a uma emissora local, o parlamentar reconheceu a seriedade dos episódios, mas sustentou que a falta de uma liderança clara e do respaldo de entidades como o setor militar impede a classificação como uma tentativa de ruptura institucional.

"O que ocorreu não pode se repetir. Foi um ataque grave aos poderes, algo impensável, ninguém imaginava que pudesse acontecer", declarou. "Mas chamar de golpe? Para isso, seria necessário um comando, alguém conduzindo, além do envolvimento de instituições relevantes, o que não aconteceu."

O deputado caracterizou alguns dos participantes como indivíduos que promoveram desordem e atos de depredação, motivados pela insatisfação com o desfecho do pleito. Apesar da gravidade dos acontecimentos, ele destacou que as estruturas do Estado permaneceram firmes e resilientes diante dos ataques.

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O parlamentar manifestou preocupação com o rigor das sanções impostas aos envolvidos nos acontecimentos, destacando a importância de haver proporcionalidade nas decisões judiciais. Ele defendeu que a responsabilização é necessária para quem causou danos ao patrimônio, mas ressaltou a necessidade de evitar medidas que possam ser interpretadas como desproporcionais, especialmente por parte do sistema de justiça.

O deputado ressaltou a necessidade de distinguir entre diferentes níveis de envolvimento nos eventos, apontando que a severidade das punições deve ser proporcional às ações cometidas. Ele criticou casos em que pessoas sem participação direta em atos de vandalismo receberam penas rigorosas, defendendo que o foco da responsabilização deve estar naqueles que efetivamente causaram danos materiais e ameaçaram a ordem pública.

O parlamentar destacou a complexidade do debate sobre a anistia, enfatizando que o assunto precisa ser tratado com responsabilidade para evitar conflitos institucionais. Segundo ele, a decisão sobre a tramitação da proposta dependerá de um amplo diálogo entre diferentes setores políticos, buscando equilíbrio e consenso antes de qualquer definição.

Da redação Ponto Notícias l Brasília

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