Depois de um encontro com representantes da indústria e do comércio, a administração federal divulgou iniciativas voltadas para a diminuição dos custos dos produtos essenciais para a população.
Durante um pronunciamento oficial, o representante do Executivo, acompanhado pelo chefe da pasta responsável pelo setor agropecuário, ressaltou que diversos itens de consumo básico terão a tarifa de importação eliminada.
O representante do governo afirmou que as ações ainda precisam ser analisadas pelo órgão responsável pelo comércio exterior e devem começar a valer em breve. Ele também mencionou que essa iniciativa faz parte de um conjunto mais amplo de medidas planejadas. Segundo ele, a decisão busca reduzir custos para a população ao eliminar a cobrança de tributos sobre esses produtos.
Com as novas medidas, o governo federal abrirá mão de uma parte significativa da arrecadação, como no caso da carne, que terá uma redução de 10,8% na alíquota; no café, com 9%; no açúcar, com 14%; e no milho, com 7,2%. Essa ação visa a diminuir o impacto no preço desses itens para os consumidores.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, esclareceu que a questão do imposto de exportação sobre produtos do setor agropecuário, que gerou preocupações e até ameaças de demissão ao ministro Carlos Fávaro, não foi abordada nas discussões. As medidas anunciadas se concentram na redução de preços para o mercado interno.
A alta nos preços dos alimentos tem sido uma das principais preocupações da administração de Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos meses. Dados de pesquisas de opinião indicam uma queda substancial na popularidade do presidente, refletindo o impacto direto da inflação no cotidiano da população.
Além da redução das tarifas de importação, o governo também revelou outras ações, como a expansão do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). Essa medida permitirá que produtos como leite, mel, ovos e carnes, que forem inspecionados em municípios e estados específicos, possam ser comercializados em todo o território nacional.
O ministro Carlos Fávaro afirmou que a meta do governo é aumentar significativamente o número de registros no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), passando de 1.550 para 3.000. Essa expansão tem o objetivo de aumentar a competitividade e reduzir custos no setor de proteína animal. Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que os financiamentos do Plano Safra devem priorizar a produção de itens essenciais da cesta básica, com maior incentivo para os produtores rurais que abastecem o mercado interno.
O governo finalizou a primeira rodada de medidas com o anúncio de um esforço para garantir a oferta estável de alimentos essenciais. Para isso, pretende reforçar os estoques públicos de itens básicos, buscando controlar os preços durante períodos de alta demanda ou crises, visando garantir que os consumidores não enfrentem aumentos abruptos no custo desses produtos.
No governo anterior, as discussões em torno da redução dos preços dos alimentos eram centradas na ideia de isenção total de impostos, uma medida que gerava bastante debate sobre suas implicações para as finanças públicas. Agora, a proposta do atual governo traz uma abordagem mais cautelosa, com o foco em descontos fiscais específicos para determinados produtos, uma estratégia que visa mitigar os impactos da inflação de alimentos sem comprometer ainda mais a arrecadação pública. Essa diferença de abordagem evidencia uma tentativa de encontrar um equilíbrio entre a preservação da estabilidade econômica e o alívio para os consumidores.
Embora a medida tenha sido amplamente discutida e prometida, é fundamental que a população compreenda e apoie a estratégia, reconhecendo os esforços feitos para garantir uma alimentação mais acessível. Tomara que, com essas ações, as famílias possam seguir com mais tranquilidade em suas escolhas alimentares, com a esperança de que o impacto positivo seja sentido em suas rotinas diárias, refletindo em um alívio real no orçamento familiar.
Da redação Ponto Notícias l Brasília