A indústria de produtos de origem animal acompanha de perto os obstáculos e mudanças esperados para o próximo ano. Elementos como o consumo em diferentes regiões, a saúde dos rebanhos e as dinâmicas do comércio exterior têm potencial para afetar diretamente a posição do país no cenário internacional.

Para Gabriel Morelli Ribeiro, responsável pela área de mercados em uma entidade representativa do setor, a propagação de doenças em aves continua sendo um dos temas centrais para a indústria. Enquanto nações concorrentes, como um dos maiores exportadores globais, lidam com surtos da enfermidade, a produção brasileira segue sem registros da contaminação em criações voltadas ao comércio, reforçando a credibilidade do país como fornecedor.

O país tem ampliado sua participação no comércio internacional ao fornecer material genético para a avicultura. No último ano, o volume exportado alcançou centenas de milhões de unidades, garantindo o abastecimento de diferentes mercados e auxiliando na regulação da produção doméstica. A expansão desse segmento demonstra a eficiência produtiva e o avanço tecnológico do setor no Brasil.

As projeções para os próximos meses indicam um cenário promissor, especialmente no início do ano, com a continuidade da expansão observada recentemente. Apesar disso, a segunda parte do período pode apresentar obstáculos, exigindo atenção do setor para questões como equilíbrio de produção e desafios sanitários. No mercado doméstico, a preferência pelo frango deve se manter, impulsionada pelos custos mais elevados de outras proteínas, reforçando seu papel essencial no consumo nacional.

O cumprimento rigoroso das normas sanitárias e a busca pela excelência na qualidade dos produtos são fatores estratégicos para a competitividade do setor. Com a legislação mais estruturada, as agroindústrias podem aprimorar seus processos de controle, assegurando padrões elevados de segurança alimentar e ampliando sua presença no comércio global.

Diante dos desafios e oportunidades, o setor de proteína animal brasileiro continua investindo em inovação, biossegurança e expansão de mercado. A manutenção da competitividade dependerá do equilíbrio entre oferta e demanda, do fortalecimento das relações comerciais internacionais e da capacidade de adaptação às exigências sanitárias globais.

Da redação Ponto Notícias l Victor Bernardes