Do encontro entre pesquisa técnica e práticas ancestrais, surgiram dois novos itens revolucionários, feitos com um fruto típico, desenvolvidos na região amazônica do Maranhão.
Do esforço conjunto entre especialistas e trabalhadoras rurais, surgiram dois produtos: uma alternativa vegetal de hambúrguer e uma farinha feita a partir de um fruto local. Esses itens unem benefícios nutricionais, práticas ecológicas e avanços tecnológicos.
A iniciativa, fruto de uma parceria entre instituições de pesquisa e universidades, envolveu a colaboração direta de grupos locais, especialmente cooperativas e associações de mulheres que atuam na coleta de frutos da região.
O projeto visa fortalecer a economia local, ampliando as possibilidades de aproveitamento do babaçu e promovendo a inclusão social e econômica das mulheres que dependem da atividade, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade ambiental.
A transformação do bagaço da amêndoa em farinha não apenas reduz o desperdício, mas também oferece uma nova fonte de proteína para a alimentação humana, agregando valor ao babaçu e criando oportunidades econômicas para as comunidades locais.
A criação do hambúrguer vegetal com farinha de babaçu, casca de banana e farinha de arroz exemplifica a inovação que busca aliar sabor, textura e sustentabilidade, ao mesmo tempo em que aproveita recursos locais de maneira inteligente e ecológica.
O hambúrguer vegetal de babaçu não apenas representa uma alternativa saborosa e nutritiva para dietas vegetarianas e veganas, mas também possui benefícios adicionais para a saúde intestinal, devido ao alto teor de fibras e vitaminas presentes na casca de banana. O produto oferece uma opção segura e sustentável, aproveitando ingredientes locais e contribuindo para a prevenção de doenças.
O envolvimento das quebradeiras de coco no desenvolvimento da pesquisa foi essencial para a adaptação dos processos e definição dos ingredientes. Para as cooperativas e comunidades locais, como a Coomavi e a comunidade quilombola Pedrinhas Clube de Mães, o projeto gerou novas possibilidades econômicas e promoveu a troca de conhecimentos valiosos, além de fortalecer a economia local. A parceria entre pesquisa científica e saberes tradicionais abriu portas para a comercialização de produtos sustentáveis e ricos em proteína, com grande potencial no mercado brasileiro.
A parceria entre as instituições envolvidas, com apoio financeiro da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e da Rede ILPF, contribui para o fortalecimento de uma economia sustentável na região. Além disso, ela cria novas oportunidades para a comercialização de produtos naturais e nutritivos, alinhando-se a nichos de mercado em expansão no Brasil.
Da redação Ponto Notícias l Embrapa