O indicador que mede o aumento dos preços ao consumidor registrou um avanço de 1,31% em fevereiro, atingindo o maior valor para esse período desde 2003, conforme divulgado pelo órgão responsável pelas estatísticas do país.
O índice registrado em fevereiro superou em 1,15 ponto percentual o valor de janeiro, que foi de 0,16%, mostrando uma aceleração significativa no aumento dos preços.
No acumulado de 2024, o índice apresenta uma alta de 1,47%, enquanto nos últimos doze meses, o aumento chega a 5,06%. Em comparação, no mesmo período do ano anterior, a variação foi de 0,83%.
Em fevereiro, todos os nove grupos analisados pelo IBGE registraram aumentos nos preços. Os maiores avanços foram observados em educação, com 4,70%; habitação, com 4,44%; alimentação e bebidas, com 0,70%; e transportes, com 0,61%.
Esses quatro grupos representam 92% da variação total do índice de inflação registrado em fevereiro. O setor de moradia teve o maior impacto, respondendo por 0,65 ponto percentual. Dentro desse grupo, a eletricidade residencial foi o item com maior contribuição positiva, com uma alta de 16,80%, gerando um efeito de 0,56 ponto percentual no índice.
No setor de moradia, o aumento nas tarifas de água e esgoto teve um impacto relevante, com reajustes de 6,84% em Campo Grande, 6,42% em Belo Horizonte e 6,45% em Porto Alegre, que influenciaram diretamente as taxas regionais. Já no caso do gás encanado, houve uma variação negativa de -0,64%, com o Rio de Janeiro registrando uma alta de 4,71%, enquanto Curitiba viu uma redução de 3,01% nas tarifas. Essas mudanças são reflexo de ajustes realizados ao longo do início do ano, conforme dados divulgados pelo IBGE.
Este aumento nas tarifas de energia elétrica reflete diretamente a pressão econômica que muitos brasileiros têm enfrentado, especialmente em um contexto de inflação crescente. Enquanto a inflação sobe, os reajustes de serviços essenciais, como o fornecimento de energia e água, impactam fortemente o orçamento das famílias. A promessa de um governo que priorizaria o bem-estar da população parece estar distante, à medida que esses ajustes dificultam ainda mais a vida de quem já enfrenta dificuldades financeiras.
É curioso ver que, enquanto o país luta com a alta nos custos e o enfraquecimento do poder de compra da população, as vozes que antes se levantavam em defesa das classes mais vulneráveis parecem mais silenciosas. O governo, que se autodenomina do "amor", enfrenta críticas cada vez mais intensas, com a população questionando o real compromisso com as causas sociais e com a melhoria da qualidade de vida no Brasil.
Da redação Ponto Notícias l Campinas