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Aspirina pode ser aliada no combate ao câncer, revela estudo

Pesquisadores da Universidade de Cambridge testam o efeito do medicamento e descobrem redução na propagação das células tumorais.

Por: Redação Fonte: Redação
12/03/2025 às 13h30
Aspirina pode ser aliada no combate ao câncer, revela estudo
Aspirina, um medicamento comum, apresenta novos potenciais terapêuticos no combate ao câncer, especialmente na redução das metástases.

Pesquisadores estão fazendo progressos significativos na busca por tratamentos mais eficazes contra uma das doenças mais desafiadoras da medicina moderna. Em um estudo recente, especialistas de uma renomada instituição britânica descobriram que um medicamento comum, utilizado para aliviar desconfortos simples, pode ter o potencial de diminuir a disseminação de células prejudiciais no corpo.

A pesquisa, divulgada em uma importante publicação científica, revela que a principal causa de mortalidade relacionada a essa condição é a disseminação para outras partes do corpo. A equipe de cientistas, buscando uma solução, testou o efeito de um remédio amplamente utilizado para alívio de dores, com foco na redução da propagação da doença. Os testes realizados em roedores mostraram resultados promissores, indicando que o medicamento pode, de fato, ajudar a controlar a dispersão das células doentes.

Os resultados da pesquisa mostraram um impacto mais significativo nos tipos de câncer de mama, pele e cólon, sugerindo que o remédio pode ser mais eficaz em certos casos. Essa descoberta abre novas possibilidades para o aprimoramento de tratamentos, como as imunoterapias, oferecendo uma esperança adicional para o combate à doença e suas complicações.

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Os cientistas descobriram que a aspirina age inibindo a produção do hormônio TXA2, responsável por proteger as células tumorais do sistema imunológico. Sem essa proteção, o corpo pode atacar as metástases de forma mais eficaz, impedindo seu avanço e oferecendo um potencial novo para tratamentos no combate à disseminação do câncer.

O professor Edgar Dahl, do Hospital Universitário RWTH Aachen, comentou que o mecanismo descrito na pesquisa faz sentido e que doses baixas de aspirina poderiam ser suficientes para alcançar os efeitos observados. Ele afirmou que a ideia parece muito plausível, mas ressaltou que mais estudos são necessários para avaliar a segurança do uso prolongado do medicamento e para investigar a possibilidade de descobrir um princípio ativo ainda mais eficaz.

A pesquisadora Cornelia Ulrich, diretora do Comprehensive Cancer Center nos Estados Unidos, também enfatizou a importância de mais investigações para identificar quais tipos de câncer e quais pacientes poderiam se beneficiar do tratamento com aspirina. Ela sugeriu que a droga poderia ser particularmente útil quando combinada com imunoterapias após a remoção de tumores, potencializando os efeitos do tratamento.

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Além disso, Cornelia destaca que pesquisas anteriores já haviam sugerido o efeito da aspirina na prevenção da propagação do câncer. No ano passado, um estudo indicou que o uso do medicamento pode reduzir o risco de câncer de cólon. Contudo, especialistas alertam que o medicamento não deve ser utilizado sem a orientação de um profissional de saúde, e que mais estudos são essenciais para confirmar seus benefícios de forma definitiva.

 

Da redação Ponto Notícias l Gabrielle Tavares

 

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