Com um contingente significativo de cabeças de gado, a administração estadual, por meio do órgão responsável pela fiscalização sanitária, reforça a necessidade de comunicação imediata sobre possíveis casos de enfermidades no plantel, visando a segurança da produção e da população. Para isso, os criadores podem comparecer pessoalmente aos escritórios distribuídos em todas as cidades do estado ou optar pelo registro digital através da plataforma específica ou da central telefônica disponibilizada.
Qualquer indício de enfermidade contagiosa, como a febre aftosa, deve ser comunicado sem demora, conforme as normas sanitárias vigentes. Além dessa, outras condições de saúde que afetam animais destinados à produção de alimentos e outros derivados também exigem notificação. A orientação é que o responsável pela criação informe imediatamente o órgão competente sobre qualquer situação que comprometa a saúde do rebanho, que inclui, além de bovinos e suínos, outras espécies como ovinos, caprinos, abelhas, peixes e aves.
Ao receber uma notificação, a instituição direciona o caso para um técnico especializado, que tomará as providências necessárias para investigar, diagnosticar ou conter a doença, caso seja necessário. O presidente da instituição, Paulo Lima, ressalta que as informações recebidas são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias eficazes de controle e eliminação de doenças. Ele destaca que esse trabalho demanda atenção constante, responsabilidade e o envolvimento de todos: produtores rurais, empresários, servidores e a sociedade como um todo.
A comunicação rápida é crucial para as ações de vigilância, especialmente no caso da febre aftosa, e para garantir que o estado mantenha seu status sanitário de livre da doença sem a necessidade de vacinação, conforme as normas internacionais. João Eduardo Pires, responsável técnico pelo programa estadual de monitoramento da doença, esclarece que o reconhecimento precoce dos sintomas e a notificação imediata são fundamentais para impedir a propagação da enfermidade, minimizar os danos econômicos e permitir respostas rápidas e eficientes.
No site oficial da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (to.gov.br/adapec), por meio do link e-sisbravet, é possível acessar os boletins epidemiológicos anuais que registram as ocorrências de doenças no estado, originadas das notificações feitas por produtores rurais. Além disso, o site oferece informações sobre as doenças que devem ser notificadas por tipo de animal e orientações detalhadas para realizar a notificação de forma virtual. O relatório inclui investigações relacionadas a doenças de controle oficial, como febre aftosa, peste suína clássica, influenza aviária e raiva, além de outras síndromes importantes, como a vesicular, hemorrágica dos suínos, respiratória e nervosa das aves.
A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins realiza, periodicamente, inquéritos soroepidemiológicos para monitorar doenças como febre aftosa, peste suína clássica, doença de Newcastle e influenza aviária, garantindo a ausência de circulação viral no estado, conforme exigido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. A instituição também oferece orientações e atende às demandas dos produtores rurais, recebendo notificações de doenças, e trabalha de forma integrada com as secretarias de saúde municipais e estadual para compartilhar informações sobre zoonoses.
Da redação Ponto Notícias l Secom Tocantins