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Garantir o acesso à água e ao saneamento básico para todas as crianças

O UNICEF fortalece políticas públicas para garantir que cada criança e adolescente no Brasil tenha acesso à água potável e saneamento, direitos fundamentais para o desenvolvimento saudável.

Por: Redação Fonte: Redação
23/03/2025 às 18h00
Garantir o acesso à água e ao saneamento básico para todas as crianças
Comunidade em situação de vulnerabilidade, com crianças se beneficiando de iniciativas de acesso à água e saneamento promovidas pelo UNICEF.

No sábado (22), quando se celebra a data dedicada ao recurso hídrico, o órgão internacional especializado em defender os direitos infantis alertou para a grave situação de 2,8 milhões de jovens no Brasil, que não têm acesso adequado à água potável, especialmente nas regiões mais afastadas. As informações foram extraídas do levantamento sobre as condições de pobreza em crianças e adolescentes no Brasil, com dados que abrangem o período entre 2019 e 2023.

A pesquisa foi realizada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Embora tenha sido registrada uma queda de 31,5% no número de jovens sem acesso à água potável no período, ainda existem cerca de 1,5 milhão de crianças e adolescentes vivendo em casas sem fornecimento de água canalizada. Além disso, cerca de 1,2 milhão têm acesso à água apenas nas áreas externas ou no terreno das residências.

Nas zonas urbanas, aproximadamente 2,4% das crianças e adolescentes no Brasil enfrentam a falta de acesso adequado à água. Contudo, nas áreas rurais, esse índice é consideravelmente mais alto, alcançando 21,2%.

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Segundo o estudo, os estados com as maiores taxas de crianças e adolescentes vivendo em locais sem acesso à água encanada são Acre (12,7%), Paraíba (12,2%), Amazonas (11,3%), Pará (9,8%) e Alagoas (9,1%).

O Unicef também destaca que 19,6 milhões de crianças e adolescentes, o que equivale a 38% desse grupo no Brasil, vivem sem acesso adequado ao saneamento básico. Nas áreas urbanas, 28% não têm esse acesso, enquanto nas áreas rurais, esse número chega a 92%.

O Acre é novamente destacado como o estado com a situação mais grave, com 31,5% das crianças e adolescentes vivendo em moradias sem acesso ao saneamento básico. Seguem-se Amazonas (23,5%), Maranhão (19,8%), Pará (16,9%) e Piauí (13,7%).

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As análises regionais indicam desigualdades persistentes, com os estados das regiões Norte e Nordeste apresentando as maiores taxas de privação. Em algumas dessas áreas, mais de 80% das crianças ainda enfrentam condições de privação de direitos essenciais, o que ressalta a urgência de políticas públicas específicas para lidar com os desafios e características dessas regiões.

O UNICEF no Brasil, por meio de sua atuação nas áreas de Saneamento e Higiene, destaca a importância fundamental do acesso à água potável e ao saneamento básico para o bem-estar das crianças. A falta desses direitos compromete diretamente a saúde, a alimentação, a educação e outros aspectos essenciais para o desenvolvimento integral dos pequenos.

Sem acesso à água de qualidade, as crianças ficam expostas a doenças transmitidas pela água, como diarreia e outras infecções intestinais, que afetam não apenas sua saúde, mas também sua capacidade de aprendizagem e crescimento. A ausência de saneamento adequado também contribui para o aumento de doenças evitáveis, prejudicando a qualidade de vida e perpetuando ciclos de pobreza.

Além disso, o impacto nas condições de educação é evidente, uma vez que muitas crianças precisam se ausentar da escola devido a doenças relacionadas à falta de acesso a água limpa e à higiene. A melhoria dessas condições é crucial para garantir que todas as crianças tenham oportunidades justas de um desenvolvimento saudável, seguro e digno. O UNICEF continua a trabalhar com governos e organizações parceiras para implementar soluções de longo prazo que atendam às necessidades urgentes de acesso à água e ao saneamento em todas as regiões do Brasil.

Da redação Ponto Notícias

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