A ausência do repasse de R$ 650 mil aos 13 clubes da segunda divisão do futebol tocantinense gerou uma crise no campeonato. Como consequência, algumas equipes foram suspensas por um ano pela Federação Tocantinense de Futebol e acumulam dívidas trabalhistas, incluindo ações na Justiça. A situação foi destacada por Djacy Almeida da Silva, presidente da Associação Desportiva e Recreativa São José, que alertou para os impactos negativos da falta de pagamento no cenário esportivo local.
De acordo com Djacy, no início do segundo semestre do ano passado, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) anunciou um apoio financeiro de R$ 50 mil para cada equipe da segunda divisão do futebol tocantinense. A proposta previa a inclusão dos times na campanha “Visite o Jalapão”, promovida pela Secretaria Estadual da Comunicação. Em resposta a essa iniciativa, os clubes providenciaram a regularização de toda a documentação necessária até novembro, atendendo às exigências do governo.
No entanto, com o campeonato em andamento, a Federação Tocantinense de Futebol (FTF) aceitou adiar a cobrança da taxa de inscrição, superior a R$ 18 mil, confiando no acordo feito com o governador, afirmou Djacy. Além disso, os clubes tiveram que arcar com os custos de arbitragem e os salários dos jogadores. Porém, o pagamento prometido pelo governo nunca foi realizado, deixando as equipes em uma situação financeira crítica.
Diante dessas dificuldades financeiras, os times buscaram alternativas para cobrir os custos. No entanto, aqueles que não conseguiram pagar a taxa de arbitragem foram suspensos por um ano, como ocorreu com o São José, presidido por Djacy. Outros clubes ficaram inadimplentes com a taxa de inscrição da FTF, enquanto alguns não tiveram condições de quitar os salários dos jogadores e agora enfrentam processos na Justiça do Trabalho. Djacy apelou para que o governador cumpra o compromisso assumido, ressaltando que a situação exige sensibilidade e respeito com as equipes.
A falta de repasse prometido pelo governo compromete não apenas o presente, mas o futuro do futebol no estado. Sem apoio financeiro, os clubes enfrentam dificuldades para se manter ativos, prejudicando a formação de novos talentos e o desenvolvimento da modalidade. O impacto da inadimplência afeta diretamente jogadores, comissões técnicas e todos os profissionais envolvidos na organização do campeonato.
Diante desse cenário, dirigentes e atletas seguem cobrando uma posição oficial do governo para solucionar a crise. A incerteza sobre o pagamento do apoio prometido gera desconfiança e desmotivação no meio esportivo, colocando em risco a continuidade das competições. Enquanto isso, os clubes aguardam uma resposta que possa garantir não apenas o cumprimento do compromisso assumido, mas também a valorização do futebol tocantinense.
Da redação Ponto Notícias l Esportes