Hugo Motta (Republicanos-PB), que atualmente exerce a presidência da Câmara dos Deputados, abordou de forma inédita a questão envolvendo os detidos em decorrência dos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023.
Em uma apresentação realizada nesta segunda-feira, 7, nas dependências da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o parlamentar expressou que o debate sobre a possibilidade de perdão deve ser conduzido com cuidado e atenção às particularidades do tema.
Hugo Motta afirmou que, para lidar com esse assunto de forma adequada, é necessário adotar duas posturas fundamentais. A primeira é uma abordagem que permita identificar e corrigir eventuais excessos cometidos contra indivíduos que, segundo ele, não merecem sanções severas. Para o deputado, essa abordagem humana é indispensável e ressoa com todos que acompanham o caso.
A segunda diretriz apontada por Motta diz respeito à necessidade de responsabilidade institucional. Ao tratar do tema, ele destacou que é essencial evitar o agravamento das tensões entre os poderes. Por isso, declarou que pretende conduzir o processo com o equilíbrio necessário ao momento, respeitando o peso do debate e sua complexidade.
Durante sua exposição, Hugo Motta comentou também a mobilização ocorrida no domingo anterior na principal avenida da capital paulista, organizada em defesa da proposta de perdão. Ele reconheceu o ato como legítimo dentro do cenário democrático, reiterando sua posição como alguém que valoriza esse regime de governo.
O parlamentar avaliou ainda a atuação do PL no Congresso, especificamente em relação à estratégia de obstrução adotada. Para ele, todas as manifestações políticas, independentemente do grupo responsável, são legítimas, desde que busquem defender seus objetivos por meio das instituições democráticas.
Motta prosseguiu sua fala destacando que não é papel do presidente da Câmara censurar as propostas apresentadas. Segundo ele, cabe a cada legenda decidir quais temas considerar prioritários, e todos os assuntos levados ao plenário devem ser analisados com seriedade, independentemente de sua natureza.
Ao comentar sobre a estratégia de obstrução adotada por alguns parlamentares, o líder da Casa ressaltou que esse tipo de ação está previsto nas normas internas da instituição. Para ele, esse tipo de conduta faz parte do processo legislativo e merece ser tratada com respeito.
A contradição de figuras que, no passado, foram beneficiadas por medidas de perdão após envolvimento com práticas como assaltos e sequestros, e que hoje se colocam contrárias à concessão de anistia a outros grupos. Aponta que essas mesmas pessoas, anteriormente impedidas de retornar ao país, agora se opõem a um debate sobre justiça e revisão de penas. No entanto, se esclarece que o objetivo de parte da direita não é proteger quem praticou atos de vandalismo, mas garantir que apenas os verdadeiros responsáveis sejam punidos, com base em provas concretas.
A menção às novas imagens reforça com força essa ideia, sugerindo que há registros visuais novos circulando que mostram com clareza os envolvidos, inclusive com rostos conhecidos das comunidades locais. O autor afirma que essas evidências estão disponíveis e que basta que as autoridades façam uso adequado delas para que as punições recaiam sobre quem de fato merece, sem generalizações ou injustiças.
Da redação Ponto Notícias l Brasília