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Primeira semana de Oficina do Plano de Gestão do Monumento Natural Atalaia fortalece diálogo com comunidades locais

Ideflor-Bio promoveu encontros com moradores do entorno da Unidade de Conservação (UC) e pescadores que atuam na Ponta da Sofia, um dos principais ...

Por: Redação Fonte: Redação
10/04/2025 às 15h00
Primeira semana de Oficina do Plano de Gestão do Monumento Natural Atalaia fortalece diálogo com comunidades locais
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) l Foto: Pablo Allves (Ascom/Ideflor-Bio)

Com foco na construção participativa de um instrumento essencial para a gestão territorial e ambiental, foi concluída, na quarta-feira (9), a primeira semana da Oficina Preparatória para a elaboração do Plano de Gestão do Monumento Natural Atalaia, em Salinópolis, região nordeste paraense. Nesta etapa inicial, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) promoveu encontros com moradores do entorno da Unidade de Conservação (UC) e pescadores que atuam na região da Ponta da Sofia, um dos principais pontos de convivência entre atividades humanas e ecossistemas costeiros.

Criado em 2018, o Monumento Natural Atalaia tem como missão proteger a biodiversidade e os ecossistemas costeiros e marinhos da região, ao mesmo tempo em que promove a educação ambiental e o turismo sustentável. Com o início da elaboração do seu Plano de Gestão, a UC dá um passo decisivo rumo à consolidação como espaço de preservação e desenvolvimento responsável, articulando diferentes atores sociais em torno de um objetivo comum: o equilíbrio entre uso e conservação dos recursos naturais.

Diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho

Compromisso -O diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, destacou a relevância estratégica da iniciativa para o avanço das metas institucionais. “Esse é mais um dos vários planos que vamos implementar ao longo deste mandato, dentro das metas para 2025. A importância desse documento está tanto no ordenamento territorial quanto na preservação ambiental. Nosso desafio é buscar o equilíbrio entre essas duas frentes, e esse processo participativo é essencial”, afirmou.

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Carvalho também ressaltou a importância da participação comunitária na construção do Plano. “A metodologia que aplicamos tem como princípio ouvir a comunidade. Afinal, ninguém conhece melhor a unidade do que quem vive ali. São os moradores do entorno, os verdadeiros guardiões do Monumento Natural Atalaia, que devem ser protagonistas nessa construção”, completou.

Para Jéssica Furtado, pescadora e moradora da Ponta da Sofia desde 2015, a oficina representa um marco importante

Participação -A escuta ativa foi um dos pontos mais valorizados pelos participantes. Para Jéssica Furtado, pescadora e moradora da Ponta da Sofia desde 2015, a oficina representa um marco importante. “É muito importante essa ação de vocês. A gente quer ser incluído como pescador, porque o turismo aparece muito, mas o pescador tem uma influência enorme ali. Ajudamos na preservação, inclusive das tartarugas. Estamos ali há muito tempo e queremos ser ouvidos”, defendeu.

A representatividade dos pescadores também foi reforçada por Tiago da Silva, pescador artesanal

A representatividade dos pescadores também foi reforçada por Tiago da Silva, pescador artesanal que nasceu e se criou na Ponta da Sofia. “Esse trabalho de hoje foi essencial. É a primeira vez que estamos sendo ouvidos, e isso nos dá esperança de uma melhora para todos nós”, afirmou Tiago, que há dois anos atua diretamente na pesca artesanal local.

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Outro pescador da região, Celso Fonseca Dias, com mais de dez anos de experiência na Ponta da Sofia, expressou otimismo quanto à construção coletiva do plano. “Achei uma oportunidade muito importante ver vocês ouvindo a gente. Isso mostra que daqui pra frente podemos seguir como parceiros. Nós, pescadores, queremos ser os guardiões do MoNa”, declarou.

Metodologia -Segundo a representante da Comissão de Planos de Manejo (Coplam) do Ideflor-Bio, Shislene Souza, o uso de uma metodologia participativa tem como objetivo principal fortalecer os laços entre o poder público e a população local. “Ela nos permite essa aproximação com a comunidade, traz um olhar de quem tem a vivência no território. Isso nos fornece informações preciosas sobre como as pessoas se veem dentro da unidade de conservação, o que enriquece muito a elaboração do plano”, explicou.

Na próxima semana, terça e quarta-feira (15 e 16), respectivamente, a oficina segue com reuniões voltadas a representantes de organizações da sociedade civil e órgãos públicos que atuam direta ou indiretamente na área. A expectativa é que essa diversidade de saberes e experiências contribua para a construção de um plano de gestão robusto, conectado às necessidades reais da população local e aos objetivos de conservação ambiental do Monumento Natural Atalaia.

Da redação Ponto Notícias l Com inf. Secom Pará

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