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Pacífico entra em fase neutra e encerra ciclo da La Niña

NOAA confirma fim do fenômeno climático e prevê meses de instabilidade, com impacto direto no regime de chuvas em regiões do Brasil

Por: Redação Fonte: Redação
11/04/2025 às 09h00
Pacífico entra em fase neutra e encerra ciclo da La Niña
Fim da La Niña altera padrões climáticos no Brasil, com mudanças esperadas nas chuvas e temperaturas

A entidade norte-americana responsável pelo monitoramento climático comunicou nesta quinta-feira (10) que o padrão climático conhecido por resfriar as águas do Pacífico chegou ao término. Conforme o relatório mais recente, as análises indicam que, desde março de 2025, o oceano Pacífico apresenta características típicas de estabilidade, sem a presença dos efeitos usualmente associados aos extremos climáticos. Atualmente, as condições atmosféricas e oceânicas não apontam influência significativa de nenhum dos fenômenos conhecidos por alterar o clima em escala planetária.

Segundo informações do órgão dos Estados Unidos, as medições realizadas na área central do oceano indicam que os níveis térmicos, antes inferiores ao padrão habitual, retornaram aos índices considerados normais. Além disso, alterações nos padrões dos ventos e na formação de nuvens reforçam a transição para um novo cenário, no qual os sinais atmosféricos já não refletem mais os comportamentos típicos observados durante a atuação do fenômeno anterior.

As projeções apontadas indicam que o cenário atual deve se manter estável por um período prolongado. Há uma probabilidade superior à metade de que essa condição intermediária permaneça até pelo menos o intervalo que abrange os meses de agosto a outubro, conforme os modelos analisados pela entidade americana.

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As projeções para o segundo semestre permanecem incertas, segundo os modelos climáticos analisados. Embora não haja consenso entre os especialistas, estima-se uma probabilidade de 38% para o retorno do fenômeno La Niña nos próximos meses. Já a possibilidade de um novo El Niño se formar é considerada baixa, com menos de 20% de chance, o que reforça a expectativa de permanência da neutralidade climática no curto prazo.

Apesar das estimativas atuais, esta parte do ano é conhecida por ser o período em que os modelos climáticos apresentam menor precisão. Isso significa que, embora existam projeções, ainda não é possível afirmar com exatidão o que ocorrerá nos próximos meses. Será necessário acompanhar as próximas análises para obter uma visão mais clara sobre a evolução das condições nos oceanos e na atmosfera.

Com a transição para a fase neutra, o comportamento do clima no Brasil pode se tornar mais imprevisível nos próximos meses. A ausência de um fenômeno dominante como a La Niña ou o El Niño reduz a previsibilidade sobre o regime de chuvas, o que pode impactar diretamente setores como a agricultura e o abastecimento hídrico. Regiões que antes contavam com maior volume de chuvas ou períodos mais secos podem enfrentar alterações inesperadas, exigindo atenção redobrada dos produtores e autoridades.

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A transição para a neutralidade no Pacífico representa um momento de atenção para meteorologistas e especialistas em clima. No Sul do Brasil, a alternância entre períodos chuvosos e secos pode se intensificar, enquanto o Norte e o Nordeste devem experimentar uma leve redução nas precipitações, o que pode afetar as dinâmicas locais de agricultura e abastecimento.

Apesar do encerramento da La Niña, o cenário climático continua sujeito à influência de outros elementos, como as temperaturas no Atlântico. Isso reforça a importância do acompanhamento contínuo dos dados meteorológicos. Novas atualizações estão previstas para maio, com possíveis ajustes nas projeções para o segundo semestre.

Com o encerramento da La Niña e a entrada do Pacífico em fase neutra, o Brasil pode começar a observar mudanças positivas no comportamento das chuvas, especialmente em regiões que vinham sofrendo com estiagens prolongadas. A transição para um padrão climático mais equilibrado traz alívio, principalmente para o Sul do país, onde a escassez hídrica causou prejuízos à agricultura e ao abastecimento.

Ainda que o cenário exija cautela, a ausência de fenômenos como La Niña ou El Niño tende a suavizar os extremos climáticos. Essa neutralidade oferece uma janela de estabilidade que pode favorecer a recuperação de áreas impactadas pela seca e permitir um planejamento mais assertivo das atividades agrícolas e da gestão dos recursos hídricos.

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