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Tocantins se Destaca Nacionalmente na Recuperação de Áreas Degradadas

O estado ocupa a 6ª posição no ranking nacional, liderando a Região Norte com ações robustas para a restauração ambiental.

Por: Redação Fonte: Redação
26/04/2025 às 18h00
Tocantins se Destaca Nacionalmente na Recuperação de Áreas Degradadas
Governador Wanderlei Barbosa celebra a conquista de Tocantins como líder regional na recuperação de áreas degradadas, destacando o compromisso com o desenvolvimento sustentável.

O Governo do Tocantins celebra, nesta sexta-feira, dia 25, um marco significativo para o estado: a conquista da 1ª posição entre os estados da Região Norte do Brasil em termos de recuperação de áreas degradadas. Essa conquista coloca o Tocantins em destaque no cenário nacional, ocupando a 6ª posição no ranking divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). A avaliação dos resultados foi realizada pelo Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). A metodologia utilizada e os resultados obtidos foram validados com base em fontes renomadas, como o MapBiomas e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse reconhecimento nacional reflete o esforço contínuo do estado no investimento em um conjunto de medidas estratégicas voltadas para a recuperação de áreas ambientais degradadas. De acordo com as informações fornecidas pelo Cigma e confirmadas pelo CLP, a posição alcançada pelo Tocantins é resultado de ações concretas e comprometidas com a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável. A recuperação de áreas degradadas tem sido um foco central da gestão do governo estadual, que visa não só restaurar o meio ambiente, mas também gerar ativos ambientais que agreguem valor aos produtos do estado, atendendo às exigências de mercados tanto nacionais quanto internacionais.

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, destacou a importância desse resultado, ressaltando que ele demonstra o compromisso do governo com o crescimento produtivo e econômico de todo o estado. Segundo ele, o objetivo é garantir que o desenvolvimento do Tocantins seja realizado de forma equilibrada, levando em conta a necessidade de preservação ambiental. Barbosa afirmou que, por meio de um esforço conjunto de todos os setores, especialmente o da produção e do meio ambiente, o estado tem transformado áreas degradadas em ativos ambientais, agregando valor aos produtos tocantinenses. Esse movimento tem se mostrado essencial para atender às crescentes demandas por sustentabilidade, que já são exigidas no mercado nacional e internacional, reforçando o papel do Tocantins como líder no caminho para o desenvolvimento sustentável.

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O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, celebrou com entusiasmo a posição do Tocantins no ranking, atribuindo o sucesso a um esforço contínuo e integrado entre diversos setores da pasta. Ele destacou que o resultado reflete o investimento feito pelo Governo do Tocantins por meio de uma série de programas, projetos e ações que visam não apenas a recuperação ambiental, mas também a transformação de áreas impactadas em ativos para o estado. Lelis ressaltou que o governador Wanderlei Barbosa tem liderado essa iniciativa ao determinar a articulação entre as diversas áreas, com um enfoque no desenvolvimento sustentável e na recuperação das áreas degradadas. Segundo o secretário, a conquista representa o compromisso do estado em adotar uma gestão estadual integrada, voltada para a preservação ambiental e o fortalecimento do desenvolvimento sustentável.

A diretora de Inteligência Ambiental, Clima e Floresta da Semarh, Cristiane Peres, também comentou sobre os avanços dos investimentos realizados no estado. Ela ressaltou que, além da adoção de medidas eficientes, o Tocantins tem dado um passo significativo no desenvolvimento e aplicação de tecnologias inovadoras. Peres explicou que a incorporação de especialistas e o trabalho conjunto de equipes técnicas são essenciais para o sucesso da gestão ambiental. Ela ainda mencionou a importância das ações práticas desenvolvidas através de programas e políticas públicas que envolvem diversos setores e instituições, com uma atuação ativa no campo. Esses esforços têm contribuído para o avanço contínuo do estado na busca por uma gestão ambiental mais eficiente e alinhada aos princípios de sustentabilidade.

O coordenador do Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma), professor doutor Marcos Giong, ressaltou a complexidade do estudo que embasou o levantamento realizado sobre a recuperação de áreas degradadas. Ele explicou que, para garantir uma avaliação precisa, é necessário cruzar uma série de fatores envolvidos, considerando as particularidades de cada unidade analisada e o período de referência da pesquisa. Giong também destacou que a publicação que apresentou os resultados indicou de maneira clara o responsável pela pesquisa e as fontes dos dados utilizados, além de seguir um padrão na métrica para todas as unidades analisadas. Segundo o coordenador, esse tipo de estudo é bastante complexo e requer uma análise detalhada dos diferentes aspectos que podem influenciar os resultados obtidos, como as variáveis específicas de cada local e os fatores temporais que podem afetar a recuperação das áreas.

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A diretora de Inteligência Ambiental, Clima e Floresta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Cristiane Peres, compartilhou que uma das principais medidas estratégicas para a recuperação de áreas degradadas no Tocantins está em fase de elaboração. Em parceria com a Conservação Internacional no Brasil, está sendo desenvolvido o termo de referência que irá definir as diretrizes para a criação do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Tocantins. Esse plano será um documento fundamental para mapear e organizar as ações futuras que serão implementadas com o objetivo de fortalecer o processo de recuperação da vegetação nativa no estado, contribuindo de forma significativa para a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região.

Outra ação significativa coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) é o projeto Tocantins Restaura, que visa restaurar áreas degradadas no estado. Em janeiro, o estado firmou um protocolo de negociação para restauração florestal na Suíça, em Villars-sur-Ollon. Esse acordo marca o início do projeto, com um investimento inicial de R$ 120 milhões. O Parque Estadual do Cantão será a primeira área contemplada, com a expectativa de recuperar até 12 mil hectares de áreas degradadas, impactadas por incêndios.

Além disso, o Governo do Tocantins anunciou avanços no projeto Plantando Água, que expandirá suas ações para a região sudeste do estado. Este é o maior programa de recuperação de nascentes do Tocantins, com o objetivo de revitalizar áreas de preservação das Bacias Hidrográficas dos rios Santo Antônio e Santa Tereza, Formoso, Lontra e Corda, e Manuel Alves da Natividade. A meta inicial é recuperar 200 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), o que corresponde a aproximadamente 286 campos de futebol oficiais. Em cada um dos quatro Comitês de Bacias Hidrográficas, serão restaurados 50 hectares. O plantio de mudas na região sul foi iniciado em dezembro de 2024, e o projeto agora avança simultaneamente nas duas regiões, mostrando o compromisso contínuo com a recuperação ambiental no estado.

As mudas utilizadas no projeto Plantando Água são produzidas por meio de uma outra importante iniciativa do Governo do Tocantins, os viveiros do Centro de Recuperação de Área Degradada do Tocantins (Crad). Atualmente, o estado conta com quatro unidades instaladas nos municípios de Palmas, Gurupi, Araguatins e Natividade, com capacidade de produção de 400 mil mudas por ano. De acordo com a Diretoria de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos da Semarh, essa quantidade é suficiente para recuperar aproximadamente 360 hectares de áreas de Áreas de Preservação Permanente (APPs) impactadas.

O investimento total nesse projeto ultrapassa R$ 1,4 milhão, proveniente do Fundo Estadual de Recursos Hídricos. A produção das mudas é uma ação colaborativa que envolve os Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado e várias parcerias acadêmicas, incluindo a Universidade Federal do Tocantins em Gurupi, o Instituto Federal do Tocantins (IFTO) em Araguatins, o Colégio Agropecuário em Natividade e a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) em Palmas.

Além dessa ação, o Governo do Tocantins também está promovendo outros programas e projetos, desenvolvidos por diferentes órgãos, todos voltados para a recuperação de áreas ou que estão relacionados com essa demanda. Todas essas iniciativas serão mapeadas no Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa, como destacado pela diretora Cristiane Peres.

ranking dos estados com maior recuperação de áreas degradadas foi desenvolvido com base na análise da área total modificada de uso de solo, que passou da forma antrópica, ou seja, de áreas de agropecuária ou não vegetadas, para a forma natural, como florestas ou formações naturais não florestais. Esse levantamento leva em consideração a área geográfica total de cada estado. A pesquisa foi publicada pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e utilizou dados de fontes como o MapBiomas e o IBGE.

De acordo com o mapa do levantamento, os estados que se destacam nas posições mais altas do ranking de recuperação de áreas degradadas são:

  1. Espírito Santo - 0,51%

  2. Maranhão - 0,47%

  3. Distrito Federal - 0,44%

  4. Goiás - 0,43%

  5. Minas Gerais - 0,42%

  6. Tocantins - 0,42%

  7. Mato Grosso do Sul - 0,38%

  8. Sergipe - 0,37%

  9. Alagoas - 0,35%

Já os estados com recuperação abaixo de 0,30% incluem Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Pernambuco. E os que estão abaixo de 0,20% são Santa Catarina, Pará, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul e Paraíba. Por fim, os estados com recuperação abaixo de 0,10% são Roraima, Rondônia, Rio Grande do Norte, Ceará, Amapá, Acre e Amazonas.

Esse levantamento destaca os esforços e os progressos de diferentes estados no processo de recuperação ambiental, com Tocantins ocupando uma posição notável no ranking.

Da redação Ponto Notícias l Com informação Secom Tocantins

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