Uma criadora de gado da cidade de Mogi Mirim (SP) relatou uma situação preocupante envolvendo uma de suas novilhas. Segundo ela, um inchaço incomum surgiu inicialmente na região do pescoço do animal. Com o passar do tempo, esse volume deslocou-se para o peito e, posteriormente, para a pata, evoluindo para uma lesão aberta que não consegue se fechar, mesmo após tentativas de tratamento.
Preocupada com o estado da novilha e sem encontrar solução, a proprietária buscou auxílio profissional. Apesar do atendimento veterinário, o problema persistiu. Para colaborar na busca de uma resposta, o médico-veterinário e consultor Guilherme Vieira avaliou imagens do caso e apresentou algumas possíveis explicações para o que está acontecendo. Ele ressaltou, no entanto, que a situação requer um exame clínico detalhado para a identificação correta da enfermidade e, assim, a definição do tratamento adequado.
O médico-veterinário Guilherme Vieira observou que a novilha apresenta edemas evidentes nos membros dianteiros, além de ferimentos localizados na região do tórax e na parte superior da pata esquerda. Para esclarecer as causas do quadro, ele orienta a realização de alguns procedimentos: a coleta de exames laboratoriais para identificar possíveis infecções ou alterações sanguíneas; o exame manual das áreas afetadas para avaliar a textura e a sensibilidade das lesões; a análise de sintomas gerais, como alterações na temperatura corporal, no apetite e no comportamento; e a confirmação do histórico de vacinação do animal, com atenção especial para imunizações contra doenças como raiva e clostridioses.
A avaliação inicial, realizada em parceria com outros profissionais da área veterinária e especialistas universitários, apontou três possibilidades principais para explicar o caso da novilha: a primeira é a ocorrência de um acidente envolvendo animais venenosos, como cobras ou aranhas; a segunda é o desenvolvimento de massas anormais nos linfonodos ou no tecido logo abaixo da pele; e a terceira é a manifestação de uma enfermidade de origem desconhecida, sem causa claramente identificada. Apesar dessas hipóteses levantadas, Guilherme Vieira reforça que nenhuma delas pode ser confirmada sem a realização de exames mais aprofundados. Enquanto se aguarda uma conclusão definitiva, ele recomenda o início de um tratamento de suporte, com o uso de medicamentos antibacterianos, anti-inflamatórios e a realização de cuidados diretos nas lesões, sempre sob acompanhamento profissional.
Diante da complexidade do caso e da dificuldade em determinar a causa exata do problema, Guilherme Vieira orienta que a criadora busque auxílio em uma instituição de ensino superior que possua hospital veterinário. Diversas universidades disponibilizam serviços clínicos voltados para animais de grande porte, frequentemente de forma gratuita ou com valores acessíveis, oferecendo acompanhamento realizado por professores experientes na área.
Enquanto a origem do problema não é confirmada, é essencial manter a novilha separada dos demais animais para prevenir possíveis transmissões ou o agravamento das lesões. Além disso, o especialista orienta que sejam reforçados os cuidados com a limpeza da área comprometida e que o programa de vacinação preventiva na fazenda seja rigorosamente seguido, garantindo maior proteção ao rebanho.
Falta de ação preventiva:
Se medidas preventivas, como a vacinação adequada e o acompanhamento veterinário regular, não foram devidamente aplicadas, o surgimento e agravamento das lesões podem ter sido favorecidos. A ausência de um histórico de proteção eficiente teria deixado o animal vulnerável a infecções mais severas ou ao ataque de animais peçonhentos, dificultando a recuperação e o controle da situação.
Uso de medicamentos inadequados ou contaminados:
Caso medicamentos já comprometidos ou inadequados tenham sido utilizados no tratamento inicial, existe a possibilidade de que a infecção tenha se intensificado. Remédios vencidos, contaminados ou administrados sem orientação correta poderiam ter contribuído para o agravamento das feridas e para o surgimento de inflamações mais difíceis de controlar, exigindo agora uma abordagem clínica muito mais rigorosa.
Da redação Ponti Notícias l Com informação Fábio Moitinho/Giro do Boi