Os chefes do Executivo estadual de Minas Gerais, Paraná e Goiás — todos alinhados à direita e com planos de disputar a sucessão presidencial — marcaram presença neste sábado (26) no início da 90ª edição da Expozebu, evento importante para o setor agropecuário, realizado em Uberaba (MG). No encontro, o líder mineiro levantou a hipótese de uma aliança entre os três nomes visando a formação de uma chapa única para concorrer contra o atual chefe do Executivo federal, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições previstas para 2026.
No próximo ano, tenho plena convicção de que, junto a Caiado e Ratinho, vamos afastar este governo que persegue aqueles que produzem e trabalham. O Brasil não merece viver essa situação. Seguiremos unidos na busca por um futuro melhor para o país — afirmou Zema.
O governador de Minas Gerais também reafirmou sua preferência pelo vice-governador Mateus Simões (Novo) como seu sucessor no estado. As repetidas declarações de apoio a Simões já geraram ações no Ministério Público, sendo acusadas de configurar uma campanha eleitoral antecipada.
2026 está se aproximando rapidamente. Já deixei claro: em Minas, o que está funcionando deve ser mantido. Meu aliado de confiança, Mateus Simões, tem todas as qualidades necessárias para dar continuidade ao trabalho em defesa do agronegócio — declarou Zema.
Além de Zema, os governadores Ratinho Júnior e Caiado também fizeram seus pronunciamentos. O líder goiano compartilhou da opinião sobre a necessidade de mudança, mas evitou se referir diretamente à ideia de uma candidatura única.
Podem ter certeza: em 2026, a centro-direita assumirá o Planalto. Tenho plena confiança nisso. Qualquer um de nós que chegar ao segundo turno terá o apoio necessário e saberá representar (pela direita) — afirmou Caiado.
O governador do Paraná adotou uma abordagem mais diplomática, expressando sua gratidão pela recepção de Zema e ressaltando a boa parceria entre ambos. Já Caiado fez questão de tecer elogios públicos aos dois colegas, reforçando a colaboração entre os governantes.
— Zema, agradeço muito pela parceria e pela amizade. Ratinho, estamos encerrando nosso segundo mandato, e quero fazer um elogio público: mostramos ao Brasil que, quando se governa com seriedade, os resultados são esses que apresentamos — declarou Caiado.
Durante seu discurso, Caiado também fez críticas ao governo federal, destacando a recente revelação de fraudes bilionárias no INSS e direcionando ataques ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
— Roubaram R$ 8 bilhões dos aposentados. Como o país pode acreditar que estamos diante de um governo sério? Enquanto o governo celebra o Abril Vermelho, nos nossos estados é o Abril Verde e Amarelo — afirmou.
Zema, que já havia reforçado seu apoio ao agronegócio, também adotou um tom mais enfático contra o MST, utilizando um boné com os dizeres "Abril Verde" durante seu discurso.
— A cerca existe para ser respeitada, e nossa Polícia Militar está instruída a agir de maneira apropriada — afirmou Zema.
Se desejar continuar com mais descrições ou ajustes, estarei à disposição.
O evento também contou com a participação do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).
A dinâmica política para as eleições de 2026 começa a se desenhar com três grandes forças em disputa: o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente Jair Bolsonaro ou aliados do PL, e a frente formada pelos governadores de Goiás, Minas Gerais e Paraná. Esses governantes, com forte apoio em seus estados e alinhamento com a centro-direita, já começaram a articular uma candidatura conjunta para desafiar a reeleição de Lula, criando um cenário de intensa polarização. O fortalecimento dessa aliança pode alterar significativamente o rumo das eleições, com propostas voltadas para o agronegócio e críticas severas ao governo atual.
Com a aproximação de 2026, as estratégias começam a se definir, e, em meio a um cenário de desafios e negociações, é possível que o eleitorado se depare com um campo eleitoral dividido, onde a disputa será entre o governo federal em busca de manter a hegemonia e os governadores que se posicionam como alternativas, focando em questões regionais e econômicas. A interação entre esses candidatos e seus aliados pode determinar o equilíbrio da política nacional nos próximos anos, influenciando diretamente o futuro do país.
Da redação Ponto Notícias l Brasília