Os trabalhos de Isaac Newton ultrapassaram as fronteiras das ciências físicas, matemáticas e astronômicas, especialmente com suas teorias sobre movimento e gravitação. No entanto, o cientista também dedicou parte de sua vida ao estudo de questões religiosas e bíblicas. Em suas reflexões, Newton fez uma previsão sobre um possível fim do mundo, apontando o ano de 2060, uma data mencionada em uma carta escrita em 1704. Embora esse ano ainda pareça distante, o avanço da tecnologia e a aceleração da modernidade fazem com que a percepção de tempo e espaço se torne cada vez mais imediata.
Na sua abordagem teórica, Newton recorreu a cálculos astronômicos para tentar dar uma explicação científica a passagens bíblicas, refletindo sobre elas à luz do seu tempo e das tecnologias emergentes. Em suas reflexões, ele sugeriu que eventos apocalípticos descritos nos textos sagrados, como "pragas devastadoras", poderiam, em um contexto mais moderno, ser entendidos como ciberataques massivos. Esses ataques, segundo sua visão, seriam vírus digitais capazes de paralisar sistemas vitais, como redes de energia e estruturas financeiras, causando caos global.
As cartas de Newton que contêm essas previsões estão preservadas na Biblioteca Nacional de Israel, onde é possível encontrar sua visão de que o fim do mundo não representaria um colapso total, mas sim o encerramento de uma era e o início de uma nova fase divina. Para ele, esse momento de transição seria marcado pelo retorno de Cristo e pela restauração da verdadeira fé, como um renascimento espiritual para a humanidade.
Além de destacar os potenciais conflitos tecnológicos, Newton também sugeriu a possibilidade de um futuro marcado por batalhas no ciberespaço, onde nações competiriam pelo controle digital, com o risco de uma destruição massiva no mundo físico. Esses confrontos, impulsionados pela guerra tecnológica, poderiam simbolizar o declínio de sistemas e instituições corroídos por fatores como a desinformação algorítmica, a manipulação de dados e a erosão da confiança no digital.
Em seus estudos, Newton se baseou principalmente no livro de Daniel, especificamente no capítulo 12, que faz referência a um período de "tempo, tempos e metade de um tempo", além de mencionar 1290 e 1335 dias. Ele interpretava esses números como representações de anos proféticos, atribuindo a eles um significado simbólico em sua visão apocalíptica do futuro.
Com base nas evidências históricas e nas interpretações das cartas de Newton, é difícil afirmar se suas previsões sobre um futuro apocalíptico são verdadeiras ou se pertencem a uma especulação mental de sua época. A fusão entre ciência, religião e futurismo que ele praticou pode ter levado a uma leitura subjetiva dos textos bíblicos, misturando fenômenos naturais com os avanços tecnológicos que ainda estavam por vir. No entanto, o fato de suas ideias terem sido registradas e estudadas ao longo dos séculos permite que se reflita sobre a forma como visionários do passado tentaram entender o futuro, com base em suas crenças e no conhecimento disponível.
Por outro lado, a crescente influência da tecnologia e da cibersegurança em nossas vidas parece dar algum peso às suas reflexões sobre potenciais ciberataques e guerras digitais. Embora não seja possível confirmar que suas previsões sejam mais do que simples coincidências ou extrapolações, o conceito de que a sociedade possa ser profundamente impactada por questões tecnológicas é uma realidade crescente. A dúvida persiste: seriam as visões de Newton uma verdadeira antevisão do futuro ou uma conspiração mental englobada em suas crenças religiosas e científicas?
Da redação Ponto Notícias l com informação Gabriela Giordani