Na manhã deste domingo, as forças policiais, incluindo a Tropa de Choque e o Departamento de Operações Especiais da Fronteira (DOF), iniciaram a ação para remover os ocupantes. A operação incluiu o uso de bombas de efeito moral. No entanto, a situação foi amenizada após a intervenção de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que chegaram ao local e ajudaram a mediar o conflito, trazendo um clima mais conciliador.
De acordo com informações do Governo Federal, as negociações com a empresa proprietária da área estão em andamento, com a intenção de destinar essa terra, que se encontra improdutiva há mais de dez anos, para a Reforma Agrária. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aponta que a região foi atingida por pelo menos três incêndios criminosos em 2024. Um desses incidentes ocorreu na noite de 3 de agosto, quando fazendeiros incendiaram áreas próximas ao acampamento Esperança.
Na ocasião do incêndio, o Corpo de Bombeiros foi chamado para combater as chamas, mas, segundo relatos, fazendeiros impediram a entrada das equipes no local, o que resultou em um aumento significativo dos danos. O fogo acabou alcançando as estruturas do acampamento, causando destruição considerável.
Apesar da tensão gerada durante o conflito e os bloqueios nas rodovias, as negociações entre o MST, as autoridades e representantes do governo federal continuam. A expectativa é de que a situação seja resolvida de forma pacífica, com a busca por soluções para a destinação da área para reforma agrária, conforme acordado entre as partes. O apoio de órgãos como o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tem sido essencial para a mediação e apaziguamento dos ânimos no local.
O episódio também trouxe à tona a questão da violência no campo, com o MST alegando a ocorrência de incêndios criminosos em áreas de assentamento, complicando ainda mais a relação entre os movimentos sociais e os proprietários de terras. O governo federal se comprometeu a acompanhar de perto as negociações e ações, reafirmando a intenção de promover uma solução justa para as famílias envolvidas e garantir a segurança nas áreas afetadas.
Da redação Ponto Notícias l Brasília/Leo Ribeiro