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Frio extremo ameaça rebanhos e exige ação urgente de pecuaristas em Mato Grosso do Sul

Com previsão de temperaturas próximas de zero, autoridades alertam para riscos de mortes em massa e recomendam medidas de proteção para evitar perdas econômicas e sanitárias no estado

Por: Redação Fonte: Redação
26/05/2025 às 07h00
Frio extremo ameaça rebanhos e exige ação urgente de pecuaristas em Mato Grosso do Sul
Bovinos expostos ao tempo em propriedade rural de MS; clima severo agrava risco de mortalidade no campo

Com a previsão de uma queda acentuada nas temperaturas para o fim de maio e começo de junho, representantes do governo e trabalhadores do campo em Mato Grosso do Sul já começaram a se preparar para os efeitos do clima. O alerta vem de uma instituição estadual especializada em clima e tempo, que indica possibilidade de temperaturas próximas ao ponto de congelamento. Esse tipo de situação, típico do período, representa uma ameaça direta à saúde dos rebanhos, podendo levar à perda de animais devido ao frio extremo.

Diante do risco associado ao clima severo, o órgão estadual responsável pela vigilância sanitária agropecuária divulgou um comunicado com diretrizes para reduzir os impactos nas propriedades rurais. A publicação destaca que os animais em condições físicas fragilizadas, com alimentação deficiente ou expostos sem proteção adequada ao ambiente são os que mais sofrem quando as temperaturas caem de forma abrupta.

No ano de 2024, mais de três mil bovinos perderam a vida em decorrência das baixas temperaturas, conforme registros espalhados por diversas localidades do estado. No período anterior, o total de perdas também foi expressivo, ultrapassando dois mil e setecentos animais. O cenário é tratado com seriedade pelas autoridades, que alertam para o impacto da combinação entre frio intenso, alimentação insuficiente e falta de proteção, especialmente sobre os exemplares mais frágeis ou com menor resistência às condições climáticas.

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As consequências do frio vão além da mortalidade nos rebanhos, afetando também o desempenho produtivo nas fazendas. Animais enfraquecidos tendem a apresentar queda no desenvolvimento corporal, menor eficiência na alimentação e redução na oferta de leite, o que compromete tanto a receita dos criadores quanto a distribuição de produtos no mercado local. Além disso, há preocupação com os reflexos na reputação sanitária da região, sobretudo diante das crescentes exigências dos compradores estrangeiros.

Como forma de prevenir os efeitos negativos das baixas temperaturas, autoridades orientam ações específicas nas propriedades. Entre elas, estão o fornecimento adicional de nutrientes, a criação de estruturas que protejam os animais das intempéries, o monitoramento constante da saúde do rebanho e a adoção disciplinada das práticas de imunização e cuidados sanitários. Em casos de mortes inesperadas, é exigido que os responsáveis informem imediatamente por meio dos canais digitais ou de contato direto da entidade fiscalizadora.

A atuação conjunta dos criadores é vista como elemento essencial para proteger os animais, garantir o fornecimento de alimentos e manter a credibilidade das atividades agropecuárias do estado tanto no país quanto no exterior.

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Nos últimos anos, diversas localidades do estado enfrentaram episódios de mortalidade em rebanhos, provocados principalmente por condições climáticas rigorosas e práticas inadequadas de manejo e alimentação. Em 2024, esse tipo de ocorrência se repetiu, com dezenas de registros de perdas de gado em municípios como Brasilândia, Três Lagoas, Iguatemi, entre outros. Ao todo, mais de três mil animais morreram devido às baixas temperaturas.

Diante desse panorama, é essencial que os responsáveis pelas propriedades fiquem atentos às recomendações dos órgãos competentes e comuniquem prontamente qualquer situação fora do comum envolvendo o rebanho. Essa comunicação é obrigatória e permite que os profissionais da área realizem vistorias, identifiquem causas e tomem providências necessárias. Em casos em que não for possível a inspeção presencial, o criador deverá apresentar documentação técnica emitida por um veterinário.

Entre os elementos mais frequentemente associados à perda de bovinos estão a exposição prolongada ao frio, a fragilidade física dos animais, a falta de alimentação suplementar e a ausência de estruturas que protejam contra vento e chuva. Além disso, características como idade, tipo genético e localização dos animais na fazenda também influenciam na vulnerabilidade às condições adversas.

Da redação Ponto Notícias  | IAGRO

 

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