O Mercado de São Brás, um dos principais símbolos do comércio popular de Belém, inicia uma nova fase com a transferência dos permissionários para a estrutura revitalizada. Após anos de atuação em espaços provisórios, os feirantes passam por um processo de recadastramento conduzido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon), que prepara a transição para o novo mercado, agora ampliado e modernizado com apoio do governo federal.
A partir desta segunda-feira, os profissionais que atuam na feira temporária ligada ao mercado de São Brás iniciam um processo de atualização cadastral conduzido pela pasta municipal responsável pela economia. A iniciativa se estende até quarta-feira e tem como objetivo estruturar a transição desses trabalhadores para o novo local de atuação.
Durante essa fase, a gestão municipal manterá a responsabilidade pela coordenação das atividades comerciais até que a entidade privada que assumirá a administração definitiva do espaço entre em operação. Enquanto isso, o relacionamento direto com os profissionais será mantido, garantindo comunicação constante com os responsáveis do setor.
O processo de atualização cadastral dos trabalhadores da feira vinculada ao Mercado de São Brás abrange também tratativas relacionadas ao direito de ocupação dos espaços públicos e orientações sobre como será feita a realocação para os boxes recém-estruturados no interior do mercado. Essa ação tem caráter organizacional e faz parte dos preparativos para a nova fase de funcionamento do espaço.
Atualmente, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico gerencia temporariamente 15 áreas distintas dentro do mercado, que contemplam desde alimentação e serviços até produtos típicos da região. Entre os ramos envolvidos estão refeições prontas, lanches, produtos industrializados, móveis, artesanato, artigos religiosos, pescados, carnes, hortifrúti, grãos e derivados, entre outros.
O plano da gestão municipal é garantir que todos os trabalhadores das 15 áreas temporariamente geridas pela secretaria estejam realocados nos novos boxes até o dia 18 de junho. Após essa mudança, será permitido que realizem ajustes necessários para a adequação definitiva ao novo ambiente, segundo informou o responsável pelas feiras e mercados do município.
A reorganização cadastral abrange desde a regularização do uso dos espaços até a orientação prática sobre como será feita a instalação dos trabalhadores nos novos pontos de venda. Entre os permissionários, há expectativa positiva em relação à revitalização do mercado. É o caso de uma das comerciantes mais antigas, que atua na venda de ervas há mais de três décadas e participou do projeto de reestruturação. Para ela, a transformação representa a valorização de um espaço histórico e um novo capítulo para quem depende da feira para viver.
O projeto de modernização do espaço contou com recursos significativos e união de esforços entre o poder municipal e a esfera federal, totalizando um aporte financeiro de R$ 150 milhões. A estrutura renovada abrigará, além dos setores comerciais já tradicionais, novos ambientes voltados à culinária e à cultura, oferecendo opções de alimentação assinadas por profissionais consagrados da cozinha regional. A intenção é fortalecer tanto o turismo quanto o valor simbólico do local para a cidade. Essa transformação também integra os preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, prevista para acontecer em Belém.
Da redação Ponto Notícias l SEDCON - Roberta Corrêa