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Brasil firma dez novos acordos agrícolas com seis países e amplia presença no comércio internacional

Negociações envolvem exportações de carnes, genética animal, grãos para ração, pescado e óleo de peixe para mercados como Coreia do Sul, Japão, Camarões e Peru

Por: Redação Fonte: Redação
30/05/2025 às 06h00
Brasil firma dez novos acordos agrícolas com seis países e amplia presença no comércio internacional
Brasil avança no comércio agrícola global com acordos que autorizam exportações de carnes, pescado, genética animal e insumos para alimentação — Foto: Divulgação / Mapa

O governo brasileiro alcançou avanços significativos no comércio exterior ao concluir, nesta semana, dez negociações na área agrícola com seis diferentes parceiros internacionais: Bahamas, Camarões, Coreia do Sul, Costa Rica, Japão e Peru. As tratativas foram lideradas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e fazem parte da estratégia de ampliação e diversificação dos mercados para produtos do agronegócio brasileiro, com foco no fortalecimento das exportações e na abertura de novas oportunidades comerciais para o setor.

Entre os acordos firmados, destaca-se a autorização concedida pelas autoridades das Bahamas para a entrada de diversos produtos de origem animal brasileiros. A partir de agora, o país caribenho passa a reconhecer os certificados sanitários emitidos pelo Brasil, o que permitirá a exportação de carne bovina, carne suína, carne de aves e seus derivados. A medida representa um avanço expressivo na consolidação da confiança internacional nos controles sanitários e na qualidade dos produtos brasileiros, ao mesmo tempo em que contribui para a inserção do país em mercados com elevado potencial de crescimento.

De acordo com o Mapa, a ampliação do número de mercados habilitados reforça o compromisso do Brasil com padrões internacionais de sanidade animal e segurança alimentar, além de consolidar a imagem do país como fornecedor confiável de alimentos. A abertura de novos canais de exportação também fortalece a posição do agronegócio brasileiro no cenário global e representa oportunidades concretas de geração de renda e emprego em diversas regiões produtoras.

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No caso de Camarões, o avanço das negociações resultou na chancela oficial para que o país africano possa importar do Brasil bois vivos destinados à reprodução, além de material genético bovino, como sêmen e embriões. A autorização foi celebrada como um passo importante tanto para o desenvolvimento da pecuária camaronesa quanto para a expansão da presença brasileira no mercado africano, considerado estratégico por seu potencial de crescimento e pela crescente demanda por tecnologias agropecuárias.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o acordo com Camarões tem como foco central o fortalecimento da produção pecuária local, contribuindo com genética de alta qualidade, inovação e melhorias nos índices reprodutivos do rebanho africano. Ao mesmo tempo, abre espaço para que o Brasil avance em uma agenda de cooperação técnica e comercial com países do continente africano, consolidando-se como um parceiro relevante no fornecimento de soluções para a agropecuária tropical.

A negociação também projeta novas oportunidades de negócios futuros para produtores e exportadores brasileiros, especialmente os que atuam nas áreas de genética animal e reprodução. O estreitamento das relações com Camarões poderá servir de modelo para acordos similares com outros países da região, ampliando a presença do Brasil em mercados em desenvolvimento e promovendo uma troca bilateral que beneficia tanto economicamente quanto tecnicamente ambas as nações.

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Com a Coreia do Sul, o governo brasileiro conquistou mais uma importante abertura comercial ao obter autorização para o embarque de material genético avícola, incluindo ovos férteis e pintos de um dia. A medida representa um reconhecimento expressivo do nível de excelência alcançado pela avicultura brasileira, que se destaca mundialmente pela qualidade sanitária, pela tecnologia empregada na produção e pela capacidade de rastreabilidade de seu plantel.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a habilitação concedida pelas autoridades sanitárias sul-coreanas reforça a posição de liderança global do Brasil no setor avícola e consolida a confiança internacional nas práticas de biosseguridade adotadas no país. A exportação de material genético é considerada uma etapa de valor agregado dentro da cadeia produtiva, o que amplia a margem de retorno econômico e gera novas oportunidades para empresas e criadores especializados.

Além do ganho direto para os exportadores, a autorização também fortalece o vínculo entre Brasil e Coreia do Sul na área de comércio agropecuário, favorecendo futuras cooperações técnicas e ampliando o escopo de negociações bilaterais. A entrada em um mercado exigente como o sul-coreano é vista como um indicativo positivo para a expansão em outros países asiáticos, que valorizam elevados padrões sanitários e eficiência produtiva.

Na Costa Rica, o governo local aprovou a importação de grãos secos de destilaria brasileiros, conhecidos pelas siglas DDG e DDGS em inglês. Esses subprodutos, resultantes do processo de produção do etanol a partir do milho, são altamente valorizados como fonte de proteína na alimentação animal, especialmente em sistemas de confinamento e na nutrição de ruminantes e suínos. A autorização representa uma ampliação significativa no aproveitamento comercial dos derivados da agroindústria do etanol, permitindo ao Brasil agregar valor a um insumo que, além de nutritivo, contribui para a economia circular e a sustentabilidade do setor.

Para o Japão, a novidade é a abertura de mercado para a exportação de óleo de peixe brasileiro. O produto, utilizado tanto na indústria alimentícia quanto na fabricação de suplementos e rações especiais, é mais uma frente que reforça a diversificação da pauta exportadora brasileira e a capacidade do país de atender a exigentes padrões sanitários internacionais. A entrada no mercado japonês simboliza um avanço expressivo, dada a rígida fiscalização que o país asiático impõe a produtos de origem animal.

No caso do Peru, a autorização conquistada envolve a exportação de filé de tilápia, tanto refrigerado quanto congelado, ampliando os destinos internacionais para um dos peixes mais produzidos pela piscicultura brasileira. O Peru, que possui uma tradição de consumo de pescado e é um grande importador da proteína, representa uma oportunidade estratégica para o Brasil consolidar-se como fornecedor competitivo e confiável nesse segmento. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, essa abertura poderá fomentar ainda mais o crescimento do setor aquícola nacional, incentivando investimentos e ampliando a geração de renda no campo.

Da redação Ponto Notícias  l  Agência Brasil

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