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Tocantins e Rondônia têm menor adesão àr, enquanto MS, Pará e SP lideram expansão

Mesmo com alto potencial solar, estados do Norte e Centro-Norte enfrentam barreiras de mercado; busca por autonomia energética impulsiona crescimento em outras regiões

Por: Redação Fonte: Redação
06/06/2025 às 15h00
Tocantins e Rondônia têm menor adesão àr, enquanto MS, Pará e SP lideram expansão
Usina solar em operação no Brasil: disparidade regional marca avanço da energia fotovoltaica no país

Os estados de Rondônia e Tocantins aparecem entre os que menos consomem energia solar fotovoltaica no Brasil. A análise tem como base os dados internos da 77Sol, considerada o maior ecossistema de energia solar do país. Segundo os números mais recentes divulgados pela energytech, cada um desses estados possui pouco mais de 100 usinas solares instaladas.

Esse número representa aproximadamente 1% do total de vendas fotovoltaicas da 77Sol, evidenciando a baixa adesão desses dois estados à tecnologia solar em comparação com outras regiões do país. A informação destaca um contraste significativo no avanço da energia limpa, indicando a necessidade de políticas de incentivo ou investimentos locais para promover a expansão do setor nessas áreas.

Apesar de possuírem condições naturais favoráveis à geração de energia solar, como alta incidência de radiação solar, os estados de Tocantins e Rondônia ainda enfrentam barreiras que limitam a adoção mais ampla dessa fonte renovável.

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No caso do Tocantins, um dos principais obstáculos é a baixa densidade populacional, o que impacta diretamente a escala de mercado e a viabilidade de investimentos no setor. Além disso, o mercado local de integradores — empresas e profissionais responsáveis por projetar e instalar os sistemas fotovoltaicos — ainda está em estágio inicial de desenvolvimento, o que dificulta a disseminação da tecnologia e reduz a competitividade regional.

Já em Rondônia, o cenário também é de um mercado emergente, onde a estrutura e o ecossistema da energia solar ainda estão sendo construídos. Luca Milani, fundador e CEO da 77Sol, destaca que esse é um ambiente em desenvolvimento, com potencial de crescimento à medida que o setor amadurece e encontra melhores condições para se expandir.

A análise evidencia que, embora as condições climáticas favoreçam a geração solar nos dois estados, fatores estruturais e de mercado ainda limitam o avanço da energia fotovoltaica nessas regiões, o que exige estratégias específicas para estimular o investimento e ampliar o acesso à tecnologia limpa.

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Na outra extremidade do levantamento, os estados de Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo se destacam como os líderes na geração de energia solar fotovoltaica no Brasil, conforme os dados mais recentes da 77Sol. Essas três unidades da federação apresentam, respectivamente, cerca de 2.200, 1.900 e 1.745 usinas solares instaladas, consolidando-se como os principais polos da expansão do setor no país.

Segundo o CEO da 77Sol, Luca Milani, esse desempenho positivo se deve a uma combinação de fatores estratégicos que têm impulsionado o crescimento da energia solar nessas regiões. Entre eles, está o aumento da procura por maior autonomia energética por parte dos consumidores, especialmente em um cenário de sucessivos reajustes nas tarifas de energia elétrica. Diante do encarecimento da conta de luz, a energia solar surge como uma alternativa viável e atrativa tanto para residências quanto para empresas.

Esse ambiente favorável tem estimulado a rápida propagação da energia solar, impulsionada pela busca por soluções sustentáveis e economicamente vantajosas. Além disso, a presença de mercados mais maduros e uma estrutura consolidada de integradores contribui para a velocidade com que a tecnologia tem avançado nesses estados. A combinação entre demanda crescente, infraestrutura preparada e incentivos econômicos cria, assim, um cenário altamente propício para a consolidação da energia fotovoltaica como fonte estratégica na matriz energética brasileira.

Da redação Ponto Notícias  l  Bianca Lucas

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