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STF inicia interrogatórios de Bolsonaro e aliados em inquérito sobre tentativa de golpe

Depoimentos serão colhidos nesta semana na Suprema Corte e antecedem as alegações finais antes do julgamento dos oito réus acusados de conspirar contra a democracia

Por: Redação Fonte: Redação
11/06/2025 às 13h30 Atualizada em 11/06/2025 às 13h44
STF inicia interrogatórios de Bolsonaro e aliados em inquérito sobre tentativa de golpe
Ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados começam a ser interrogados pelo STF na investigação sobre tentativa de golpe

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta segunda-feira, 9 de junho, a fase de interrogatórios dos principais investigados no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Entre os réus está o ex-presidente Jair Bolsonaro, que será ouvido presencialmente na sede da Corte, em Brasília. A audiência ocorre após a conclusão da oitiva das testemunhas indicadas tanto pela Procuradoria-Geral da República quanto pelas defesas dos envolvidos.

O primeiro a prestar depoimento é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por ter firmado acordo de delação premiada. Os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto — este último será ouvido por videoconferência, por estar preso preventivamente no Rio de Janeiro desde dezembro. As sessões ocorrem no plenário da Primeira Turma do STF, com transmissão ao vivo pela TV Justiça e pelo canal oficial do Supremo no YouTube. O calendário prevê até quatro sessões extras, se necessário, nos dias 10, 11, 12 e 13 de junho.

Além das transmissões oficiais do STF, a direção do Partido dos Trabalhadores (PT) também recebeu autorização da Corte para transmitir as audiências por seu canal de comunicação, a TVPT, como ocorreu nas fases anteriores do julgamento. Essa etapa é considerada decisiva para os desdobramentos jurídicos e políticos do caso, uma vez que as declarações dos réus poderão confirmar, negar ou relativizar os elementos de prova já reunidos durante a investigação.

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O julgamento conduzido pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal avança para suas etapas finais após uma intensa fase de instrução. Em março, o STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), transformando em réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete figuras centrais acusadas de envolvimento na articulação de uma tentativa de golpe de Estado. Durante as últimas semanas, foram colhidos os depoimentos de testemunhas importantes, como os ex-comandantes das Forças Armadas — general Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica) —, além de figuras políticas como o ex-vice-presidente Hamilton Mourão e o governador paulista Tarcísio de Freitas.

Encerrada a fase de interrogatórios, o ministro Alexandre de Moraes abrirá o prazo processual para as alegações finais, permitindo que acusação e defesas apresentem suas manifestações. Essa é a última etapa antes do julgamento em si, que ocorrerá com a leitura do relatório do processo e o voto do relator, seguido das manifestações dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Nessa sessão decisiva, os magistrados determinarão a condenação ou absolvição dos réus envolvidos na acusação de conspiração contra a democracia brasileira.

Da redação Ponto Notícias  l  Rio e Globo.

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