Com a articulação direta do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, e o aval do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, foi confirmada nesta terça-feira, 10 de junho, a presidência do 1º Conselho do Matopiba sob responsabilidade do Estado do Tocantins. O conselho, que futuramente adotará um modelo de rodízio entre os demais estados participantes, é um marco na institucionalização das ações regionais voltadas ao desenvolvimento integrado dos territórios que compõem o Matopiba: Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia. Segundo Eduardo Siqueira, o encontro teve como foco a definição de um instrumento eficaz de governança regional, incluindo aspectos como a origem dos recursos, linhas de crédito disponíveis e os principais desafios a serem enfrentados pela nova estrutura colegiada.

O projeto do conselho abrange quatro eixos estratégicos: agropecuário, social, ambiental e econômico. A proposta recebeu apoio contundente da senadora professora Dorinha e do vereador palmense Carlos Amastha, proponente da iniciativa, que reforçaram o compromisso com a liderança do Tocantins e a instalação da sede em Palmas. Durante a reunião, o prefeito defendeu que Palmas reúne todas as condições materiais, humanas e logísticas para sediar o conselho, destacando a posição geográfica central da cidade e sua proximidade com Brasília. Para ele, a criação de Palmas, ao lado de Brasília, representou uma das maiores transformações socioeconômicas da região, o que justifica a liderança do Estado nesse novo momento de articulação regional.

A senadora Dorinha enfatizou que a proposta vai além das questões do agronegócio, ao prever a instalação de uma sede com estrutura completa e equipes preparadas para coordenar os trabalhos de integração. Ela ainda se comprometeu a trabalhar pela institucionalização do conselho por meio de frentes parlamentares e articulações no Congresso Nacional. O ministro Wellington Dias também reforçou a importância de uma representatividade permanente em Brasília, propondo que parlamentares como a senadora Dorinha assumam a coordenação de agendas nas comissões relacionadas ao Matopiba.

Durante a reunião, houve também manifestação favorável por parte dos demais estados. O governador do Piauí, Rafael Fonteles, sugeriu que fosse implementado um sistema de rotatividade da sede do conselho entre os estados-membros, como forma de garantir equidade e integração.

Durante a reunião que oficializou a presidência do Tocantins no 1º Conselho do Matopiba, representantes dos estados membros também discutiram a importância de garantir uma estrutura integradora e participativa. O governador do Piauí, Rafael Fonteles, defendeu que, embora o Tocantins assuma a liderança inicial, a sede do conselho seja rotativa, de forma a valorizar e incluir de maneira equitativa os demais estados do consórcio. A proposta foi endossada pelo vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, e pelo representante do Maranhão, que compartilharam a mesma visão de alternância e cooperação mútua.

A reunião também contou com a participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Representando o ministro Carlos Fávaro, Pedro Neto destacou a disposição da pasta em colaborar com as demandas discutidas, integrando-as às ações já em curso. Ele sinalizou, ainda, a possibilidade de revisar os limites da região do Matopiba, para melhor atender às realidades socioeconômicas e ambientais da área.

Amanda Sobreira Lima de Sousa, responsável pelos estudos que subsidiam os conceitos expandidos do Matopiba, indicou que os próximos passos incluirão articulações diretas entre o ministro Wellington Dias e o Mapa, com o objetivo de integrar as diretrizes sociais ao planejamento técnico do conselho. A reunião, realizada em Brasília, reuniu uma série de autoridades dos quatro estados envolvidos, incluindo o governador Rafael Fonteles (PI), o vice-governador Geraldo Júnior (BA), o secretário de Representação do Tocantins, Carlos Manzini, e o secretário de Agricultura do Maranhão, Fábio Gentil, consolidando um momento estratégico para a articulação de políticas públicas regionais.

Da redação Ponto Notícias