Periodicamente, surge nas redes sociais uma nova onda de curiosidade em torno de uma fruta exótica que parece ter saído de um conto de ficção: a chamada “banana azul”. Mas ao contrário do que muitos pensam, ela não é apenas um mito da internet. A banana realmente existe e é conhecida como blue java, uma variedade rara que, embora desperte grande interesse mundo afora, ainda é praticamente desconhecida no Brasil.
O que mais chama atenção nessa fruta é sua aparência peculiar: a casca apresenta uma tonalidade azulada quando ainda está verde, o que confere à fruta um aspecto incomum. Mas o que realmente surpreende é sua polpa, extremamente cremosa e de sabor adocicado, frequentemente comparado ao de sorvete de baunilha. Essa característica lhe rendeu o apelido internacional de "banana-sorvete", sendo especialmente valorizada em países onde há maior diversidade de cultivares.
A blue java é originária do Sudeste Asiático e seu cultivo é mais comum em regiões como as Filipinas, Indonésia e também no Havaí, onde encontrou clima e solo propícios para se desenvolver. Uma das vantagens dessa variedade é sua resistência ao frio: ela tolera temperaturas mais baixas do que a maioria das bananas convencionais, o que abre espaço para seu cultivo em áreas de clima tropical ameno e até mesmo subtropical. Essa característica agronômica tem chamado a atenção de agricultores interessados em diversificar a produção com espécies mais resilientes e com alto apelo comercial.
A blue java, mais conhecida como banana azul ou “banana sorvete”, apresenta características únicas que a tornam uma fruta exótica e promissora. De porte médio, seu fruto exibe uma casca azul-prateada bastante intensa antes da maturação completa. Já a polpa, densa e cremosa, revela um sabor delicado e adocicado, frequentemente comparado ao de sobremesas geladas, o que justifica seu apelido em países de língua inglesa: ice cream banana. Essa combinação de aparência e paladar inusitados desperta curiosidade não apenas entre consumidores, mas também entre agricultores e pesquisadores do setor.
Do ponto de vista do cultivo, a blue java segue padrões similares aos das demais variedades de banana, embora com algumas particularidades. Um dos diferenciais é seu ciclo mais longo: a planta leva, em média, dois anos para completar o desenvolvimento e iniciar a frutificação. Com altura que pode chegar a seis metros, ela exige um espaço bem planejado e condições adequadas de solo e clima para garantir uma produção saudável e produtiva.
Além da estética diferenciada e do sabor marcante, a banana azul mantém os benefícios nutricionais característicos da banana tradicional. É uma fonte importante de potássio, vitaminas do complexo B e fibras alimentares, fatores que contribuem para seu valor na alimentação saudável. A crescente demanda por produtos sustentáveis e alternativos tem impulsionado o interesse por essa variedade, especialmente entre produtores que buscam diversificar suas lavouras com frutas de apelo gourmet ou voltadas para mercados específicos.
Embora o cultivo da blue java ainda seja incipiente no Brasil, especialistas acreditam que a fruta tem potencial para expandir, principalmente em sistemas agroflorestais e na agricultura familiar. Com planejamento e incentivo, essa banana de coloração incomum e sabor singular pode conquistar novos espaços tanto no mercado interno quanto no segmento de exportações voltadas ao consumo diferenciado.
Da redação Ponto Notícias l