Documentos tornados públicos pelo Arquivo Nacional revelam que, apenas no ano de 2024, o Comando da Aeronáutica recebeu ao menos 26 relatos de avistamentos de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). Os registros foram encaminhados por pilotos, controladores de tráfego aéreo e testemunhas civis em diferentes regiões do país. A diversidade das ocorrências chama atenção pela variedade de formas, cores e comportamentos dos objetos avistados, que, em sua maioria, foram observados durante voos comerciais dentro do espaço aéreo brasileiro.
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Entre os casos documentados, destaca-se um incidente ocorrido em 5 de maio de 2024, em Pernambuco. Na ocasião, um piloto relatou ter visualizado um “tráfego deslocando-se da esquerda para a direita em relação à sua posição, emitindo luzes brancas com vermelhas”. A fim de evitar uma possível colisão, o piloto solicitou aumento na razão de subida da aeronave. O objeto, no entanto, não foi detectado pelos radares.
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Outro episódio notável ocorreu no dia 6 de junho de 2024, sobre a região de Vitória da Conquista, na Bahia. Ao menos quatro aeronaves comerciais reportaram a presença de um objeto “branco-amarelado” que se movia em alta velocidade. A descrição do fenômeno foi semelhante entre os tripulantes, mas, novamente, nenhuma identificação formal foi possível.
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No fim de julho, no dia 29, dois aviões que realizavam a rota São Paulo–Cuiabá também informaram à Aeronáutica terem avistado um objeto que se deslocava lateralmente e intercalava flashes de luz por um período estimado entre 10 e 15 minutos. A recorrência e a consistência dos relatos entre diferentes tripulações reforçam o interesse dos registros, que continuam sendo acompanhados e armazenados oficialmente pelas autoridades brasileiras.
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A prática de divulgar anualmente esses registros foi adotada nos últimos anos e, desde então, o Arquivo Nacional já acumula mais de 900 relatos relacionados a avistamentos de OVNIs. Em 2023, por exemplo, cerca de 30 ocorrências foram tornadas públicas. Os dados não apenas documentam as experiências, mas também evidenciam a continuidade de fenômenos inexplicados no espaço aéreo brasileiro, envolvendo tanto operadores civis quanto militares.

Apesar de amplamente associados à ideia de vida extraterrestre, os relatos envolvendo Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) não implicam, necessariamente, qualquer evidência de origem alienígena. O próprio termo refere-se a qualquer objeto ou fenômeno aéreo cuja natureza não foi identificada no momento da observação.

Podem incluir drones, balões, aeronaves não autorizadas, reflexos de luz, estrelas ou eventos atmosféricos não compreendidos. Ainda assim, a quantidade e a consistência dos relatos registrados em 2024 continuam a gerar curiosidade e debates sobre a vigilância do espaço aéreo nacional.

Muitos dos relatos mais recentes vieram acompanhados de imagens registradas por pilotos, como fotos e vídeos dos avistamentos. No entanto, essas mídias não foram incluídas nos documentos tornados públicos pelo Arquivo Nacional, o que limita o acesso às evidências visuais. Em contato com a CNN, a Força Aérea Brasileira informou que seu papel se restringe à catalogação das ocorrências. “O Comando da Aeronáutica informa que não realiza estudos e análises acerca do tema, apenas cataloga as informações prestadas por terceiros e as remete, periodicamente, ao Arquivo Nacional”, respondeu.

A divulgação dos casos recentes foi acompanhada também da liberação de materiais históricos, como os áudios do emblemático episódio conhecido como “Noite dos OVNIs”, ocorrido em 19 de maio de 1986. Na ocasião, 21 objetos não identificados foram captados por radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), movimentando-se de forma incomum pelo espaço aéreo brasileiro.
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Um dos registros em áudio mostra o espanto de um piloto diante do que observava: “Estou vendo eles. Po***, tem um passando baixo, cara! Tá bonito! Olha, meu irmão. Pô, rapaz, ‘tô’ arrepiado, meu irmão.” Em outro trecho, ele relata a presença de objetos a diferentes altitudes e destaca que alguns mudavam de cor constantemente. Episódios como esse se tornaram referências clássicas entre entusiastas e estudiosos do tema, alimentando o mistério e a fascinação pública que ainda cercam os OVNIs no Brasil.

Da redação Ponto V Notícias l André Rigue, Thomaz Coelho