O mês de junho marca o Dia da Imunização, celebrado no dia 9, e reforça a importância da vacinação como medida preventiva essencial à saúde pública. Em 2025, esse alerta se torna ainda mais relevante diante do reaparecimento de doenças graves que haviam sido controladas nas últimas décadas, como é o caso da febre amarela. O ressurgimento da enfermidade em algumas regiões brasileiras evidencia não apenas a necessidade de manter os esquemas vacinais atualizados, mas também o papel estratégico da conscientização da população sobre a importância de se imunizar.

De acordo com a Nota Técnica Conjunta nº 27, divulgada no início do ano pelo Ministério da Saúde, já foram confirmados 15 casos de febre amarela no país: 13 deles no estado de São Paulo, um em Minas Gerais e um no Tocantins. Esses números reforçam que a doença, embora rara nos últimos anos, continua presente e pode evoluir de forma grave quando não prevenida adequadamente. Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em Jundiaí (SP), onde foi registrado o primeiro óbito relacionado à doença, conforme divulgado pela Vigilância Epidemiológica com base em análises realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

A vítima, um homem de 41 anos, não havia sido vacinada, o que reforça a urgência de campanhas e ações de conscientização que incentivem a população a buscar os postos de saúde e garantir sua proteção. A febre amarela é uma doença infecciosa potencialmente letal, mas evitável por meio de uma vacina segura e eficaz, disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em um cenário de reaparecimento de doenças e queda nas taxas de imunização, o Dia da Imunização ganha um novo sentido: o de reforçar, com veemência, que a prevenção é a principal arma para salvar vidas e preservar a saúde coletiva.

Para o médico Fábio Argenta, sócio-fundador e diretor médico da rede de clínicas Saúde Livre Vacinas, o retorno de doenças que já haviam sido controladas no Brasil acende um sinal de alerta importante para a saúde pública. O especialista destaca que o avanço dessas enfermidades está diretamente ligado à redução das coberturas vacinais nos últimos anos, o que favorece a circulação de vírus e bactérias antes controlados ou praticamente erradicados. “As vacinas desempenham um papel fundamental na proteção contra doenças imunopreveníveis, por isso, as campanhas de vacinação são essenciais para promover a conscientização individual e coletiva”, afirma.

Segundo Dr. Argenta, além de proteger os indivíduos vacinados, a imunização contribui para impedir a propagação de vírus, bactérias e infecções em larga escala, protegendo também grupos vulneráveis e a sociedade como um todo. Ele ressalta ainda que a vacinação ajuda a evitar o reaparecimento de doenças para as quais já existem imunizantes comprovadamente eficazes, como é o caso da febre amarela, sarampo, rubéola e poliomielite. “É preciso reforçar que a prevenção é sempre mais segura e eficaz do que o tratamento após a infecção. Vacinar-se é uma atitude de responsabilidade consigo e com o próximo”, conclui o médico.

O comportamento da população em relação à vacinação varia significativamente de uma região para outra no Brasil, refletindo as diferenças climáticas, culturais, estruturais e logísticas que influenciam diretamente a vigilância epidemiológica e as ações de prevenção. Cada local possui desafios específicos que exigem estratégias personalizadas tanto por parte do poder público quanto das instituições de saúde privadas. Segundo análise da rede Saúde Livre Vacinas, essas particularidades foram determinantes para a definição das campanhas e ações de conscientização realizadas ao longo de 2024 em diferentes partes do país.

Na região Norte, onde predominam o clima quente e úmido e há maior exposição a vetores transmissores de doenças, as ações foram focadas na prevenção de enfermidades como febre amarela e dengue, que são mais comuns nesse tipo de ambiente. A divulgação ativa sobre essas doenças teve impacto positivo, e as vacinas mais aplicadas na região foram contra influenza, febre amarela, meningites, pneumonias e a vacina hexa — esta última com cobertura para seis doenças infantis. Ao todo, mais de 30 mil doses foram administradas somente no Norte, evidenciando o empenho em adaptar as campanhas às realidades locais.

No Sul do país, o clima frio e subtropical favorece a incidência de doenças respiratórias, e as estratégias de imunização refletiram esse contexto. Houve forte demanda por vacinas contra pneumonias e influenza, que são comuns durante as estações mais frias do ano. A população respondeu bem às campanhas adaptadas à sazonalidade, e a vacinação desempenhou papel importante na contenção de possíveis surtos típicos da região.

Já nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, a atuação da rede foi mais ampla e diversificada. Nessas áreas, destacaram-se as campanhas voltadas para a imunização contra meningites, doenças respiratórias e herpes zoster — doença que costuma atingir principalmente adultos e idosos. Juntas, essas três regiões somaram mais de 100 mil doses aplicadas, refletindo um engajamento expressivo da população e a eficiência das ações específicas de prevenção. A rede destaca que o sucesso dessas campanhas se deve à capacidade de adaptar as estratégias de vacinação ao perfil epidemiológico e às necessidades locais de cada região do país.

Atentas ao comportamento sazonal de diversas doenças, as clínicas privadas de vacinação costumam atuar de maneira proativa, antecipando-se aos períodos de maior risco com campanhas específicas de conscientização e prevenção. Essa abordagem se intensifica em determinadas épocas do ano, como o inverno, quando há maior circulação de vírus causadores de doenças respiratórias, a exemplo da gripe e da pneumonia. De acordo com o Dr. Fábio Argenta, diretor médico da rede Saúde Livre Vacinas, esse planejamento estratégico tem sido fundamental para garantir maior alcance e efetividade das campanhas.

Com presença em todas as regiões do país, a Saúde Livre Vacinas destaca-se pela atuação localizada de seus profissionais de saúde, que conhecem profundamente os desafios e necessidades de cada estado e município onde a rede está instalada. Essa proximidade com as comunidades permite a construção de estratégias personalizadas, voltadas para a realidade local. “Nossa rede de clínicas está presente em todas as regiões do país, portanto nossos profissionais conhecem profundamente as realidades dos estados e cidades em que atuam. Essa proximidade nos permite construir, em conjunto, estratégias eficazes de conscientização e prevenção”, explica Argenta.

Esse trabalho colaborativo resultou em números expressivos ao longo de 2024. Somente na região Norte, cerca de 40 mil pessoas foram imunizadas pela rede; no Sul, foram mais de 25 mil. No Centro-Oeste, as campanhas alcançaram aproximadamente 120 mil pessoas; na região Sudeste, o número chegou a 160 mil; e no Nordeste, foram 40 mil imunizações realizadas. Esses dados evidenciam o impacto direto da atuação preventiva e coordenada da rede, que vem contribuindo para reduzir o risco de surtos e proteger a população de diversas faixas etárias.

Sobre a rede Saúde Livre Vacinas:

Fundada em 2012 na cidade de Lucas do Rio Verde, no estado de Mato Grosso, a Saúde Livre Vacinas nasceu do ideal do casal Dr. Fábio Argenta, médico cardiologista, e Dra. Rosane Argenta, cirurgiã-dentista. Desde o início, a proposta foi oferecer à população acesso a um serviço de vacinação de qualidade, baseado na ciência, tecnologia e atenção humanizada. A rede disponibiliza vacinas para todas as idades — desde bebês até idosos — e também atua com imunização ocupacional, contribuindo para a prevenção de doenças no ambiente de trabalho. Ao longo dos anos, a rede se consolidou como referência no setor privado de vacinação, com foco em inovação, responsabilidade social e saúde preventiva.

Da redação Ponto V Notícias  l  Gabriela Araújo