A prática e formativa vivenciada por estudantes do primeiro período do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), câmpus Palmas. Acompanhados pela professora Leila Dias Pereira da Costa, responsável pela disciplina “Antropologia e Educação”, os acadêmicos participaram de uma visita técnica ao Núcleo Tocantinense de Arqueologia (Nuta), no dia 5 de junho. A atividade foi organizada com o objetivo de proporcionar aos alunos uma vivência direta com temas ligados à ancestralidade, à construção do conhecimento histórico-cultural e à valorização do patrimônio.
Durante a visita, os estudantes assistiram a uma palestra conduzida pelo professor José Carlos, arqueólogo do Nuta, que apresentou as linhas de atuação do núcleo nas áreas da Arqueologia, Paleontologia e no trabalho de preservação e difusão do Patrimônio Cultural tocantinense. A exposição foi marcada por uma abordagem acessível e educativa, permitindo aos alunos compreenderem a importância do resgate da memória e da herança material e imaterial dos povos antigos que habitaram a região.
Após a palestra, os participantes foram conduzidos por uma visita guiada às exposições permanentes do espaço e conheceram as instalações utilizadas nas pesquisas e atividades do núcleo. A experiência foi encerrada com um lanche coletivo, promovendo um momento de integração entre os estudantes, a professora e os profissionais do Nuta. A visita reforçou a proposta pedagógica da disciplina, ao articular teoria e prática em um ambiente culturalmente rico, despertando nos alunos o interesse pelas relações entre educação, diversidade e patrimônio histórico.
O depoimento da professora Leila Dias Pereira da Costa, que destacou a relevância pedagógica da atividade no contexto da formação inicial dos futuros pedagogos. Segundo ela, a relação entre antropologia e educação é essencial para que os estudantes compreendam os fundamentos culturais e históricos que moldam os processos de aprendizagem humana. Para Leila, é fundamental que o aluno de Pedagogia entenda como as culturas se constituem, como a humanidade se desenvolveu desde suas origens e de que maneira os saberes e práticas foram sendo transmitidos ao longo das gerações.
A professora ressaltou que o conteúdo trabalhado em sala de aula ganha maior significado quando é vivenciado em espaços como o Nuta, onde os conceitos de cultura, patrimônio, memória e arqueologia se apresentam de forma concreta e aplicada. A visita técnica, segundo ela, permitiu aos estudantes observar e refletir sobre os primeiros aprendizados humanos, suas expressões materiais e simbólicas, e os modos pelos quais essas heranças continuam influenciando o presente. Leila avaliou a experiência como extremamente positiva, tanto por reforçar os conteúdos teóricos da disciplina quanto por ampliar o olhar dos alunos sobre a diversidade cultural e histórica do Tocantins.
O papel do Núcleo Tocantinense de Arqueologia (Nuta) como uma instituição fundamental para a preservação e valorização do patrimônio histórico-cultural do estado. Vinculado à Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), o Nuta desenvolve pesquisas contínuas no campo da arqueologia e do patrimônio cultural, contribuindo significativamente para a produção de conhecimento científico sobre a presença humana na região. Dentre os achados mais relevantes estão sítios arqueológicos com datação aproximada de 12 mil anos, além do mapeamento e estudo de bens culturais ligados aos diferentes contextos sociais que compõem a história e a diversidade cultural do Tocantins.
O núcleo está localizado no município de Porto Nacional, no bairro Jardim dos Ipês, quadra 20, lote 65, às margens do Anel Viário da Rodovia TO-050. O espaço se mantém aberto à visitação de instituições de ensino que desejem proporcionar aos seus alunos uma imersão prática e educativa nos campos da arqueologia, memória e cultura regional. Para isso, é necessário realizar agendamento prévio pelo telefone (63) 3363-1265 e enviar um ofício à coordenação do Nuta, por meio do e-mail: [email protected]. No documento devem constar informações como a data e horário pretendidos, a série dos alunos, o número de participantes e a faixa etária dos estudantes. O atendimento segue uma proposta de educação patrimonial, acolhendo diferentes níveis de ensino com atividades adaptadas à idade e aos objetivos pedagógicos das escolas visitantes.
Da redação PontoVNotícias l Giulia M Galvão/ Câmpus Palmas