Acadêmicos do curso de Medicina realizaram uma visita à Casa de Apoio Glória Moraes, anexa ao Hospital Regional de Araguaína, onde pacientes em tratamento contra o câncer e seus acompanhantes recebem acolhimento durante o processo terapêutico. A ação foi promovida pela disciplina Integração Ensino, Serviço, Comunidade III, sob orientação da professora e enfermeira Karina Mesquita.
Durante a visita, os estudantes entregaram doações de roupas, calçados e brinquedos ao Bazar Beneficente mantido pela instituição. Além do gesto solidário, os acadêmicos conheceram a estrutura da Casa, interagiram com os pacientes e compreenderam a importância do acolhimento humanizado no tratamento oncológico.
A professora Karina destacou a relevância da ação para a formação dos futuros profissionais de saúde: "O principal objetivo foi conhecer a Casa de Apoio Glória Moraes, entender o espaço, as rotinas, o perfil dos pacientes admitidos, e a importância do acolhimento aos pacientes oncológicos e seus familiares. Essa vivência conscientiza os acadêmicos sobre a humanização, especialmente no cuidado com pessoas em situação de vulnerabilidade. Pretendo desenvolver um projeto de extensão voltado ao acolhimento e à humanização dos pacientes oncológicos."
A coordenadora em exercício da Casa, Artaiza Leonel, agradeceu a visita e ressaltou o impacto das doações para a manutenção das atividades: “Ficamos imensamente felizes com a visita dos estudantes e agradecidos pelas doações ao nosso Bazar. Mesmo com valores simbólicos, as vendas possibilitam a compra de insumos importantes e itens coletivos, fundamentais para manter as oficinas oferecidas.”
Atualmente, a Casa de Apoio Glória Moraes acolhe 42 hóspedes, entre pacientes e acompanhantes. São oferecidas oficinas de crochê, culinária, missas, cultos e momentos de oração, promovendo o bem-estar físico, emocional e espiritual dos moradores temporários.
Ao final da experiência, ficou evidente que o conhecimento técnico, por mais essencial que seja, não se sustenta sem escuta, olhar atento e compromisso com a dignidade do outro. O contato com quem enfrenta a doença longe de casa, amparado por estruturas como a Casa Glória Moraes, transforma a perspectiva dos estudantes e reforça que a medicina começa no gesto humano. Cada diálogo e cuidado reafirma que o futuro da saúde depende, sobretudo, da capacidade de sentir — e não apenas de saber. E é nesse entrelaçar de ciência e compaixão que nasce, de fato, o médico que a sociedade precisa.
Da redação Ponto Notícias l Com Infor. Cênicas Comunicação